Contradições da verdadeira felicidade

Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos aproximaram-se dele,
e ele começou a ensiná-los, dizendo:
"Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.
Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.
"Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês.
Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês".
"Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.
"Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.

Mateus 5:1-14

Proteção Que Não Falha

Guarda-me, ó Deus, porque em ti confio.
A minha alma disse ao Senhor: Tu és o meu Senhor, a minha bondade não chega à tua presença,
Mas aos santos que estão na terra, e aos ilustres em quem está todo o meu prazer.
As dores se multiplicarão àqueles que fazem oferendas a outro deus; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios.
O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte.
As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança.
Louvarei ao Senhor que me aconselhou; até os meus rins me ensinam de noite.
Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que ele está à minha mão direita, nunca vacilarei.
Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura.
Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente.

Salmos 16:1-11

Melhor "lugar"

Eu te amarei, ó SENHOR, fortaleza minha. O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.

Salmos 18:1-2

Luz e proteção

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei?
Salmos 27:1

Seu Nome é sobre todo o nome

Quando nasceu, não teve nenhuma rede de notícia registrando o fato. Quando foi a Jerusalém, na sua adolescência, só deram falta dele na caravana depois de mais de um dia da viagem. Ao regressarem a Jerusalém, seus pais José e Maria não estavam acompanhados da polícia para reencontrá-lo. Não tinha nenhum semanário querendo ajudar na busca. 

Ao ser batizado por João, o Batista, às margens do Jordão, não foi flagrado por nenhuma emissora de rádio. Não teve nenhum paparazzi monitorando seus passos no Mar da Galileia, enquanto formava seu núcleo duro de discípulos. Quando foi capturado no Getsêmani, não havia equipe de repórteres para documentar o momento. 

Foi julgado e condenado na calada da noite. Para imputar crime que ele não tinha, inimigos fizeram as pazes. Falsas testemunhas se apresentaram. Foi trocado por um malfeitor.

Depois de ser seguido por multidões em busca de seus poderes miraculosos para curar, ressuscitar e multiplicar pão e peixe, ficou sozinho. Até mesmo um dos seus discípulos mais íntimos, Pedro, o negou por três vezes. Quando deu seu último suspiro, apenas João e sua mãe estavam ao pé da cruz, no Lugar da Caveira.

Para muitos, era só mais um dissidente na conturbada Palestina, onde os romanos sempre tinham dificuldade de manter a ordem pública. Era só o filho de um carpinteiro. Que nasceu em Belém, cresceu em Nazaré e mantinha domicílio em Cafarnaum. 

Tinha de morrer apenas porque afrontou autoridades pregando um novo código moral. Não podia ficar vivo, porque a multidão, por não assimilar completamente sua mensagem, queriam que entrasse em Jerusalém não num jumentinho, mas num cavalo de guerra, com lança e escudo. 

Não tinham entendido que seu reino não é daqui. Não tinham assimilado que o menino de Belém, aclamado pelos anjos, buscado pelos magos, honrado pelos pastores, queria um trono mais simples: o coração do homem. Coração este que ele não invade, só entra quando convidado.

Foi sepultado. Seu corpo recebeu cuidados de um nobre do sinédrio que garantiu-lhe uma tumba nova que não viu sequer o seu estreante se decompor, pois Ele ressuscitou, como disse que aconteceria. Nem mesmo seus discípulos se lembravam desta parte de suas profecias.

A agonia, o medo, o pranto, a dor, a vergonha era o que mantinham os discípulos enclausurados, assustados, apavorados. Até que um grupo de mulheres surgem na manhã de domingo dizendo que Maria, a ex-prostituta de Magdala, chega com a notícia de que havia conversado com o Mestre. Não acreditaram em sua palavra. Pedro e João correram ao túmulo. Viram apenas o lenço que estivera sobre a sua cabeça estava enrolado à parte e os lençóis no chão. 

Dias depois o próprio Mestre da Galileia se apresentou no meio deles, quando estavam ainda apavorados e disse: Paz seja convosco. Depois de desafiar Tomé, restaurar o coração ferido de Pedro, comissionar os discípulos a anunciarem a notícia da reconciliação por todo o mundo, mais de 500 pessoas viram que a gravidade já não mais agia sobre ele de modo que foi subindo até desaparecer entre as nuvens. 

É por isso que estamos hoje, mais de 2 mil anos de seu nascimento, morte e ressurreição falando de seu amor. Tentando seguir seus passos. Ele é Jesus. O Messias, o Enviado de Deus, o Desejado de Todas as Nações. A nossa Esperança. Nosso Abrigo. Nosso Refúgio. Nossa Fortaleza. Ele que se apresentou como o Caminho, a Verdade, a Vida, o Bom Pastor, o Pão Vivo, a Luz do Mundo, a Videira.

Ele que mudou pescadores iletrados da Galileia em homens de ousadia e conhecimento peculiar. Ele de quem Pedro, uma vez restaurado pode dizer: "Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12).

Aquele de quem João escreveu: "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." (João 1:3) O apóstolo Paulo compreendeu o mistério e registrou: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Romanos 11:36).

É por isso que celebramos o Natal. Seu nascimento deve ter ocorrido na primavera, entre os meses de abril e maio. Contudo, a data exata do evento perde relevância diante do que realmente importa: Deus assumiu a forma de homem, para viver nossas dores, sentir nossas agonias.

Ao longo da vida somos sempre seduzidos pelo desejo de sermos como Deus. Contudo, o Todo-Poderoso quis ser como homem. Em tudo foi tentado, mas não pecou. E fez isso para que fosse "um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas" (Hebreus 4:15).

Que o Natal seja vivido de forma plena: com o Filho de Deus fazendo banquete espiritual no coração de cada um.

O poder de quem não é visto

O mundo se move por quem não se vê


Em uma sociedade movida pelo espetáculo, parece que ser discreto e, anônimo, é uma espécie de castigo. Desde que os "15 minutos de fama" passaram a ser buscados com o ardor de quem precisa sobreviver, fica a sensação de que a coisa mais importante na vida é ser famoso, se tornar celebridade, dar autógrafo, ser fotografado.
Ultimamente, até na hora do parto as pessoas se deixam fotografar e filmar para mostrar o quanto descabeladas e suadas ficaram para dar à luz.

Em tempos de Twitter, Facebook, YouTube, BigBrother, A Fazenda, Ídolos e outras tantas quirelas do mundo da Internet e da TV, parece que a coisa mais importante no mundo é ser notícia. É fazer com que todas as pessoas saibam da existência, feitos, manias, excentricidades de cada um.

Se não somos assim, estamos sempre à espreita para "espiar" a vida de quem se expõe ou é exposto alheio à sua vontade. Entretanto, ao contrário do que a espetacularização midiática possa apresentar, o mundo não é movido por quem aparece. Muito pelo contrário, o mundo se move por quem não se vê.

Gostamos de viajar. Quando possível, optamos pelo avião. Mas, quantos pilotos nos demos o trabalho de conhecer? Muito mal e porcamente, às vezes, nos lembramos do motorista de ônibus. No entanto, sem estas pessoas a tal viagem não seria possível.
Nunca queremos que o transporte coletivo apresente pane e pare no meio do caminho para o trabalho, escola ou mesmo lazer. No entanto, quando a viagem acontece sem transtornos, nunca queremos saber quem foi o mecânico que, com seu trabalho anônimo e silencioso, garantiu o funcionamento perfeito daquele veículo.

Gostamos de sentar no restaurante e sermos bem servidos. Saborear um prato com a dose certa de condimentos, ao dente, bem passado, mal passado etc. Mas, quantos chefs de cozinha nos propomos a agradecer pelo excelente prato que consumimos?

Queremos andar em nossas cidades e encontrar tudo muito limpo. Sem mato, sem papel no chão, sem lixo amontoado. No entanto, sequer oferecemos um copo d'água para o anônimo que passa com a vassoura e o balde limpando tudo. Também não fazemos o menor gesto de reconhecimento para os operários que com suas máquinas cortam o mato do caminho que passamos diariamente.

Só nos lembramos dos anônimos quando alguma coisa dá errado. Se o carro quebra, se o avião cai, se o mato toma conta, se vem lagarta na salada, logo temos peito e voz para reclamar. Por menos usual que seja, acredito que podemos melhorar este comportamento e fazer as pessoas cientes do quanto elas são importantes por tudo o que fazem, por mais simples que seja o seu trabalho.
Minha mente viaja e ainda tenho inúmeros personagens que não conheço os rostos, não sei seus nomes. Mas suas ações, seus esforços, a intensa dedicação de suas vidas, de alguma forma, já me alcançaram, me alcançam e vão continuar a estender sua sombra sobre a minha vida.

Os professores são exemplos de anônimos clássicos. Quantos dos seus ex-alunos estão construindo, teorizando, criando, inventando coisas, conduzindo projetos de todos os tamanhos, graças à sua habilidade e desejo de estimular o conhecimento?
Qualquer que seja a área da vida que alcancemos destaque, quer seja diante de Deus ou dos homens, os resultados serão vistos pelos contemporâneos, mas só podem ser justificados graças às contribuições voluntárias e involuntárias daqueles que cruzaram a trajetória das nossas vidas.

Podemos fazer pessoas felizes, semeando gratidão. Hoje, somos reflexo do ontem. Amanhã, seremos exatamente frutos de agora. Proponho que aprimoremos o hábito de enxergar aqueles que ninguém vê e dar a eles a digna honra negada pela mídia, mas abundante no coração que é grato.

Só posso dizer: muito obrigado

Amados, tenho muitas coisas para dizer. Muitos pensamentos, conjecturas, devaneios, desabafos, projetos, sonhos, conquistas, derrotas, perdas, ganhos enfim, uma soma de coisas que forjaram o que sou hoje. Para não correr o risco de me perder demais, optei por deixar escrito o que as palavras conseguem expressar e deixar o restante para o que apenas a alma consegue traduzir.
Primeiro, permitam-me deixar um agradecimento formalíssimo por estarem aqui hoje.  Apesar de ser domingo, amanhã é dia de branco ou de preto, nunca entendi muito bem esta coisa racista. 

Na madrugada do dia 6 de outubro, exatamente à 1h25 da manhã alcancei a soma de 306.816 horas,  12.784 dias, 1065 meses, ou seja, 35 anos. Talvez pela hora que decidi sair da primeira casa, ainda trago a coisa do ser bicho noturno. Tanto que fiz questão de estar trabalhando exatamente neste horário para fazer minha celebração particular.

A bem da verdade, o dia do meu aniversário é o que sinto-me menos confortável e menos sociável. Já houve ocasião que exatamente no dia, que era de trabalho normal, desapareci no globo e ainda desliguei celular. Não queria ser visto, cumprimentado, cortejado, nada vezes nada. Talvez fosse caso de ser um desajuste espiritual ou desequilíbrio mental mesmo, não sei bem ao certo agora.

Entretanto, fui introduzido ao convívio social entre vocês na comemoração de aniversário do Jonas, em 2009. Naquela oportunidade, o convite me causou profundo impacto, pois tinha o significado de um acolhimento ímpar, uma vez que há poucas semanas eu tinha me apresentado como voluntário para contribuir na área de comunicação da Umadju. Sentia-me indigno, mas honrado.

Desde então, Deus tem usado a vida de vocês para forjar o meu caráter. "Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro" (Pv 27:17). Por uma característica que eu entendo ter recebido da parte do Senhor, sou conhecido como popular, carismático, atencioso etc. Isso, por óbvio, aumenta o número de pessoas à minha volta. Um grito para uma festa de aniversário e viraria um evento como já ocorreu nos três últimos anos. Mas, desta vez por razões que não consigo relacionar eu coloquei no coração algo diferente. Queria um momento mais íntimo e tinha no coração o desejo de me rasgar assim como o faço agora.

O lado mais carnal que gosta do aplauso até gostaria de promover uma mini-rave, com mix musical de crente, claro! Mas, isso pode esperar outro momento, outro aniversário, se eu chegar até lá. Afinal, a soma dos nossos dias estão nas mãos do Senhor. Também os rumos das nossas vidas, se vamos ao norte ou ao sul, é Ele quem determina.

Hoje, só quero registrar minha alegria por ter vocês à minha volta. Dizer que por vocês sou aprimorado. Os tenho em especial estima porque vocês são amigos no sentido mais amplo da palavra. Não por aplaudirem, mas por contestarem, refutarem, corrigirem, mas sempre fazer isso com graça e doçura que somente a amizade sincera pode expressar. Vocês suportam minhas excentricidades e rabugice precoce, ninguém aguenta isso se não for por amizade sincera.

Mesmo que já tenhamos vivido muitas coisas juntos, fui um enxertado neste grupo. Contudo, vocês já choraram comigo as minhas maiores tristezas. Quando o Senhor permitiu que meu irmão fosse recolhido de entre os vivos, foi nos ombros de vocês que encontrei um amparo que só podia vir da parte do Eterno.
Vocês me fazem acreditar que tenho potencial para contribuir no reino de Deus. Condição que, por um momento, cheguei a pensar que não mais poderia fazê-lo. Mas ao observar a postura equilibrada, sensata, justa, batalhadora, sonhadora, humilde, e, sobretudo, cristã, de cada um de vocês sinto-me não apenas ungido com bálsamo, percebo-me mergulhado em um balde dele.

Agradeço ao Senhor, nosso Deus, pela vida de cada um. Somente Ele poderia ter escrito essas páginas da minha história e tornado vocês protagonistas dos melhores capítulos. Obrigado por me darem o privilégio de servir a Deus ao lado de vocês. Obrigado por me inspirarem, motivarem, animarem. Houve um momento da minha vida que me questionei sobre porque as Escrituras são tão recorrentes no mandamento do amor ao próximo.

O questionamento se fez presente porque foi um tempo de solidão, decepções, traições, abandono. Neste contexto, é fácil reclamar com Deus essa ordem do amar. Contudo, entendo que por Sua bondade e misericórdia, consegui entender que Ele deseja se revelar a nós e além de fazê-lo por meio de Cristo, a expressão máxima de seu caráter, Ele também o faz por meio da vida das pessoas. E vocês, sem dúvida alguma, são canais de expressão do Senhor.

A expressão "Muito obrigado" não diz tudo o que eu gostaria agora, mas é o código linguístico que tenho para dizer a vocês o quanto vocês são preciosos. Que o Eterno vos agracie em tudo, pois o que já fizeram por mim é uma dívida que jamais conseguirei pagar. O que ameniza minha carga é o conselho do apóstolo Paulo. "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13:8). Estou, sim, muito endividado. 

Até que Ele venha nos buscar e livrar de todas as nossas agonias, quero poder retribuir da melhor maneira possível todo esse amor que não apenas sei, mas sinto e o sentir, nestes casos, vai além do simples conhecimento. Transcende a percepção dos sentidos do corpo, alcança as profundidades da alma. Com coração rasgado digo-vos, ardentemente: "Amo-vos em Cristo, o Amado de nossas almas". Muito obrigado.

Transferência de culpa

A prática é velha, já foi protagonizada no Éden. O Criador vai ao jardim no final da tarde como de costume. Os encontros eram alegres. Deviam ter comentários das descobertas diárias. Certamente, o casal fazia muitos elogios ao Todo-Poderoso pelo capricho no design de cada forma viva, quer fosse animal, vegetal ou mineral.

Cada animal que observavam, cada flor descoberta, o esplendor das árvores, a correnteza dos rios, o sussurrar da brisa, eram acontecimentos naturais que levavam à contemplação e deviam render muitos comentários do Adão e da Eva.
Mas, naquele fatídico dia, quando a curiosidade da mulher abriu o precedente para que fosse seduzida e comesse da única árvore que Deus avisou para que não comessem, o encontro não foi festivo. Pelo contrário. A dor da separação ainda é perceptível na forma triste como o sol se esconde atrás das montanhas. 

O livro de Gênesis retrata o Todo-Poderoso perguntando “Onde estás?”. Obviamente, um recurso retórico, pois Ele sabia exatamente em que arbusto estava o casal.
O diálogo que se segue não é nada agradável. Quando Deus questiona se tinham comido o fruto proibido, Adão culpa ao próprio Pai dizendo: “A mulher que tu me deste”. Esta, por sua vez, diz que a culpa foi da “serpente”. 

Por fim, a infame que não tinha para quem jogar a peteca, ganhou a maldição de rastejar-se (pressuponho que antes podia voar) e ainda perdeu a oportunidade de convivência pacífica com o homem. Foi destinada a ferir-lhe e ter sua cabeça esmagada.

Aos covardes Adão e Eva restaram a maldição da separação –não teriam mais os encontros com o Criador–, a inscrição no primeiro alistamento dos sem-teto –foram expulsos da primeira moradia– e, de quebra, perderam o conforto de comer com facilidade. Tiveram que passar a língua nos lábios e descobrir o sabor  salgado do suor para se sustentar. Eva ficou com a dura missão de, por ser a portadora do útero, continuar a tarefa de multiplicação da espécie, contudo, em dores multiplicadas.

A soma dos séculos é altíssima, os recursos tecnológicos desde o Éden até hoje são infinitamente maiores, do fogo ao celular, entretanto, a essência do ser humano é a mesma. Muitos argumentam que houve uma “evolução”. Que a sociedade dos homens melhorou em função das regras adotadas para convivência, pela redação e aplicação de leis, pela difusão de valores morais e éticos que foram aprimorados ao longo dos tempos etc. 

Entretanto, a essência do homem é a mesma. Há comportamentos que parecem vir gravados no DNA. E um deles é esse mau hábito de transferir culpa. Se manifesta ainda entre as crianças. Quantas vezes perguntamos aos integrantes das nossas “creches privadas” quem quebrou ou quem bateu, e os dedos e olhares se cruzam sempre dizendo: “Foi ele”?

Infelizmente, esse comportamento é ampliado para outras esferas que vão além das relações de irmãos e primos. Alcançam os vizinhos, quando dois chutam a bola, mas somente um teria quebrado a janela do vizinho.
É registrado na sala de aula quando o professor flagra a cola e, de repente, o papel indevido se auto-editou. Ninguém, outro ente que sempre leva a culpa, foi o seu autor.

O mau hábito se vê, ainda, em profusão na gestão das empresas privadas, no trabalho de órgãos públicos, nas repartições dos tribunais quando um cliente joga para seu advogado a culpa por não ser absolvido ainda que seja culpado.
Finalmente, enquanto cidadãos demonstramos a mesma atitude ao dizer que tudo é culpa dos políticos. Quando o lixo entope bueiros e boia nos rios, não foram os gestores públicos que o transportaram para lá. Se as notas dos nossos filhos estão ruins, não são, unicamente, os professores como argumenta gente de má-fé. 
Somos mais felizes quando assumimos nossas culpas, reconhecemos nossos erros e, simplesmente, colocamos em prática o que se aprendeu.

Cidadania, cultura, consciência e afins

Esta semana fui assaltado. Calma! Não no sentido de levarem alguma coisa. O assalto que sofri foi em um outro significado da palavra: acometimento repentino e em tropel.
O que houve? Uma avalanche de percepções sobre o mundo que nos cerca, especialmente, as relações humanas em diversos nichos sociais.

Em uma síntese pouco romântica, contudo, bem realista, percebo um interminável jogo de poder. De modo consciente ou inconsciente imitamos cachorros que fazem xixi no poste para dizer que passaram por ali e que é melhor tomar cuidado.
No meio disso tudo, ainda há o lirismo da vida que nos assedia e tenta, às vezes sem sucesso, nos impingir algum colorido na caminhada cinzenta. A poesia, a prosa, os versos e orações cheios de adjetivos e sonhos vão concorrendo com atos e fatos de horrores indescritíveis.

A Bíblia aborda uma batalha entre o homem interior e homem exterior. Enquanto o invisível quer coisas boas, honestas, agradáveis, perfeitas, louváveis, amáveis, afáveis, o visível é do contra e gosta mesmo de coisas corruptíveis.
Esse duelo se manifesta na família, na escola, na igreja, no trabalho, na vizinhança. Por esta batalha intensa e ininterrupta justificamos nossas ideologias, escolhemos com quem andar, de quem afastar.

Pela nossa própria natureza limitada em poder (ainda bem) e, finita (felizmente),  erramos sucessivas vezes. Entre tombos e soerguimentos, aprendemos.Ou ao menos deveríamos fazê-lo.
Talvez muito de tudo isso seja decorrente do meu aniversário de cidadania campo-limpense. Neste sábado, dia 1º de junho, completo 19 anos palmilhando estas paragens.

Olhando para trás, vejo que foi por cá que fiz-me cidadão do mundo. Aprimorei minha consciência. Defini profissão. Encontrei tesouros que são chamados de amigos. Foi aqui que aprendi a lutar, gritar e, em alguns casos, também fazer xixi no poste. Especialmente quando tentavam me diminuir por não ser paulistano de nascimento.

Em meio a todo flash-back, no domingo, estava trilhando um ermo entre Jundiaí e Várzea Paulista quando um playboy abriu a janela do carro e jogou um maço de cigarros no meio do cruzamento entre três logradouros. Fiz questão de publicar foto no meu perfil do Facebook.

Ao ver ações assim, assaltam-me desde os instintos mais violentos a convicções políticas inflexíveis. Como ex-servidor municipal, sou irredutível na cobrança de responsabilidades dos governantes em todos os poderes e em todas as esferas para que lixo seja descartado com responsabilidade.

Contudo, somos prolixos nos discursos e pífios nas ações. Depois de muito digerir a cena do playboy, disse a mim mesmo que, como cidadão, tenho direito a coleta de resíduos na porta da minha casa, mas tenho o dever de acondicionar corretamente o lixo para ser recolhido. Tenho o direito de ter meu patrimônio preservado de enchentes, mas tenho o dever de jogar o lixo no lixo.

Como nem tudo é revolta, pude higienizar a mente na segunda-feira à noite, expondo-me a ouvir uma poderosa produção artística que definimos como "cultura". Assisti com os olhos e ouvidos da alma a apresentação da Yale Symphony Orchestra, dos Estados Unidos, em apresentação única no Polytheama.

Foi o tipo de noite para tomar banho de esperança por ver meninos e meninas que mostravam-se embevecidos em suas expressões faciais que pareciam falar com o mover das sobrancelhas, o prender dos lábios, o movimento sutil do corpo junto com os instrumentos, enquanto executavam seus acordes.

Além de ser uma viagem para os ouvidos, a presença de palco deles foi como um quadro que, a despeito das roupas sóbrias (sempre preto), ganharam, ao menos para mim, um colorido que só pode ser percebido com os olhos da alma.
Quiçá eu chegue a ficar velho e consiga perceber mais vida que caos. Mais amor que ódio. Mais paz que guerra. Afinal, isso também é uma questão de escolha.

Considerações missionárias

Cumprir a grande comissão ordenada por Jesus Cristo aos seus discípulos é uma tarefa que vai além da emoção e das lágrimas de tristeza ou de alegria. Geralmente elas rolam misturadas. O trabalho definido como "obra missionária" é justificado pela ordem de Jesus Cristo: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc. 16:15).

Via de regra, os relatos dos missionários comovem. Eles se voluntariam a atuar em diferentes culturas, entre centenas de etnias e línguas, vivendo todo tipo de contexto sócio-econômico. São enviados por diferentes missões cristãs. Há lugares onde o revanchismo entre esses grupos, especialmente protestantes e católicos, ainda é proeminente, mas em outros, as circunstâncias os obrigam a superar diferenças e prestar apoio mútuo.

Há muitas nuances. Há muito trabalho. Há muitos desafios. Reconheço, também, que existe, sim, muita emoção. As lágrimas são praticamente inevitáveis a depender da experiência que se ouve.

Entretanto, mais que emoção, lágrima ou riso, a evangelização quer de grupos étnicos isolados ou de comunidades em grandes centros marcadas pela marginalização, exige trabalho e muita, mas muita transpiração.

Infelizmente, ainda existem pessoas que olham para o trabalho missionário como uma atividade de glamour, prestígio, louros e honras. Mas quem ainda tem esse conceito não passa de um palhaço religioso. Não tenho medo de afirmar isso, porque a visão de mundo de gente que se comporta com pompa e circunstância por qualquer projeto missionário quer alcance 10 ou 1000 pessoas, não passa de um nanico espiritual e um atrofiado mental.

Quem assim se comporta, não sabe o valor das pessoas que deveriam ser alvo de seu trabalho. Tampouco, respeitam aqueles que se voluntariam a contribuir com parte de seus recursos para financiar alguns dos projetos.

O trabalho missionário está longe de oferecer pano de fundo para a exaltação pessoal. O fundamento, as edificações, a cobertura, os adereços desta construção são forjados na fogueira da dor, da renúncia, do isolamento ou até da solidão.

Registro aqui minha gratidão a Deus e alegria em poder participar e contribuir dos projetos missonários realizados pela Assembleia de Deus de Jundiaí. Na pessoa do pastor Esequias Soares, presidente da igreja, e do pastor Eliseu Santos, diretor da Além-Mar, agência missiónaria da denominação, destaco que vale a pena se perceber colaborador de ações sérias, consistentes, perseverantes e abnegadas. Isto é, ações cuja meta maior é, de fato, fazer o evangelho de Cristo anunciado e o Cristo do Evangelho adorado.

Aos missionários enviados e/ou adotados pela Assembleia de Deus jundiaiense fica meu reconhecimento pela dedicação, renúncia diária, disposição ímpar, enfim, a voluntariedade que inspira, envolve, desperta, consola, conforta, estimula e encoraja. Que em tudo o Senhor que os chamou, capacitou e comissionou continue agraciando as suas vidas.

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Carrascos de Cristo

A Páscoa, apesar de nos fazer lembrar da morte de cruz daquele que foi apresentado como "o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", na verdade, é o maior tratado da vida que foi assinado por ninguém menos que o  próprio Criador.
A encarnação do Logos, como escreveu o evangelista João, aponta para uma pessoa que mudou o curso da história porque escolheu fazer ao invés de só discursar. Seu nome? Jesus de Nazaré.

O momento é oportuno para refletir sobre o sacrifício substitutivo de Cristo. Isto é, para o seguidor de Cristo que se preza, é uma boa oportunidade de interiorizar-se, olhar para si, ver o quanto é pequeno e fraco diante da grandiosidade e poder do Criador e, na menor das possibilidades, desmanchar-se em gratidão pelo fato do próprio Deus ter se feito carne, habitar entre os homens e dar a própria vida em resgate do ser humano.

Honestamente? Se tivéssemos um pouco mais de vergonha na cara, não teríamos um "muito obrigado, Deus" apenas na Páscoa. Gratidão deveria ser nossa palavra de ordem. Ao invés disso, que mais fazemos? Praguejamos, blasfemamos, ofendemos uns aos outros, desenvolvemos sentimentos mesquinhos de inveja, orgulho, arrogância e tantas outras mazelas.
Max Lucado registra no livro "Ele escolheu os cravos" (CPAD, 2006), o seguinte: "A obrigação dos soldados era simples: Levar o Nazareno até o monte e matá-lo. Mas eles tinham outra ideia. Queriam se divertir primeiro. Fortes, descansados e armados, os soldados cercaram um carpinteiro galileu exausto, quase morto, e o atacaram.

O açoite fora ordenado. A crucificação ordenada. Mas quem teria prazer em cuspir em um homem quase morto? O ato de cuspir não tem a finalidade de machucar o corpo – de forma alguma. O ato de cuspir é a intenção de degradação da alma, e muito eficiente. O que os soldados estavam fazendo? Não estariam eles elevando-se a si próprios à custa de outra pessoa? Eles sentiram-se grandes ao humilhar Jesus."
Enquanto os carrascos romanos escolheram agir em favor da morte de Jesus, em seu corpo combalido habitava um espírito que havia optado pela vida de muitos, a partir da entrega da sua. Ele mesmo disse aos discípulos que ninguém tomava a vida dele, mas essa era ofertada voluntariamente.

Algumas de nossas escolhas diárias são similares aos açoites que Cristo suportou quando estava sendo massacrado pelos soldados romanos. Não carregamos chicotes, pregos, caniços ou coroa de espinhos para torturar ao Filho de Deus, mas quando nos deixamos dominar por todos os sentimentos que Ele mesmo recomendou que nos livrássemos, nos tornamos seus carrascos outra vez.

Cada ofensa a um irmão, cada vez que escolhemos a hipocrisia à sinceridade, a mentira à verdade, o ódio ao amor, a ostentação à simplicidade, a corrupção à ética, a traição à fidelidade, a omissão à prontidão em servir, cada uma dessas escolhas equivalem a torturar e crucificar a Cristo de novo. É como se fosse possível dar golpes e mais golpes no Filho de Deus.

O profeta Isaías descreveu com riqueza de detalhes o momento da condenação, crucificação e morte de Jesus. Ele profetizou, por exemplo, que Jesus seria contado entre malfeitores e, mesmo condenado injustamente, pediria ao Pai em favor dos seus algozes: "Foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu" (Isaías 53:12).

Nesta Páscoa, que analisemos quão cruéis temos sido quando, deliberadamente, optamos por maltratar o nosso próximo, seja por gestos ou palavras. Se Ele tanto fez por nós, que podemos fazer por Ele? Embora, não precise de nenhum favor das suas criaturas, Sua grande alegria é nos ver ao menos tentando viver como Ele pregou, ou seja, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Pausa para falar das flores

Hoje preciso dar uma pausa na beligerância política e tentar, ainda que limitadamente, dada minha pobreza lírica, render algum tributo à mulher. Desde que reconheço-me como cidadão, a data é bem aproveitada para instalação de faixas comemorativas, distribuição de rosas, entrega de condecorações, avaliação da mulher no mercado de trabalho, reclamações recorrentes sobre salários, jornada tripla etc etc.
Como acompanhei de perto algumas comemorações e até já tive o privilégio de ser mestre de cerimônias em eventos desta natureza, sei que, a esta altura do campeonato, a mulherada já não suporta mais, e com razão, a história de usar a data para falar, marteladamente, sobre Papanicolau, por exemplo.

Não estou alheio às exceções, mas não é à toa que os índices de saúde feminina são melhores do que os masculinos, elas gostam de se cuidar. Afinal, a esmagadora maioria não se avexa em falar ao médico onde dói e são zelosas no cumprimento do tratamento.  A minoria que não é zelosa, na verdade, são dotadas de órgão reprodutor masculino "virtual". Por isso, agem com a mesma tolice que a maioria de nós, 'meninos'.
Diferentemente dos homens que, na prova de uma masculinidade burra, preferem ficar à míngua e aumentar a quantidade de viúvas, as mulheres se viram nos trinta para cuidar de si e ainda dar conta de quem as cercam.
Sem nenhum arroubo de especialista em nada, acredito que o cuidado com a saúde da mulher é um indicativo da saúde da própria sociedade em geral.

Só para citar um exemplo, gestantes bem cuidada, asseguram elevado índice de natalidade, baixa mortalidade e condições gerais de saúde do bebê dentro dos padrões para o crescimento dos mais vulneráveis pequenos cidadãos.
Eles podem não ter título de eleitor ou CPF, mas sustentam a motivação das gerações que lhes antecedem no sentido de que as ações em âmbitos público e privado devem considerar o que se quer deixar como legado aos sucessores. Claro que o cuidado com os pequenos depende de forma preponderante da ação feminina.

Cuidar da mulher com a mesma atenção que se cuida de um jardim indica, ainda, sanidade espiritual de quem o faz. Não à toa, a própria Bíblia, livro que regula a fé e prática de bilhões de pessoas no mundo, orienta tratamento à mulher como "vaso mais frágil".
A expressão não tem o objetivo de depreciar sua figura, mas, sim, de indicar aos homens o esmero devido ao cuidar delas. Conforme interpretação de diversos teólogos, a mulher não foi retirada da cabeça do homem para não lhe ser superior, nem do pé para não ser por ele humilhada. Antes, o Criador optou pela costela num indicativo da condição de parceira que deve estar lado a lado.

Ainda no âmbito teológico, há um significado especial no fato de que a notícia da ressurreição do Cristo foi primeiro ouvida por mulheres. Durante os três anos de peregrinação, o jovem de Nazaré foi assistido por mulheres que "o serviam com seus bens" conforme fez questão de destacar o evangelista Lucas (Lc 8:3).
Não consigo falar de mulheres sem recorrer ao zelo do Criador. Em toda sua Soberania Ele cuidou de dotá-la de elementos sem os quais os homens estariam incompletos. O ajuste das diferenças, que vão muito além de fatores biológicos, para mim, deixa patente o capricho do Arquiteto do Universo em se fazer conhecido nos detalhes da vida humana.

Não sou obtuso a ponto de ignorar as atrocidades, contudo, elas não são fruto da mente de Deus, mas, sim, do afastamento do homem de sua comunhão. Mesmo assim, em meio a tudo isso, Ele propõe uma vida feliz e entre essas propostas está a forma como tratamos a mulher.
Assim, registro meus mais sinceros votos de alegria, vida, paz, harmonia, saúde física e espiritual às mulheres de perto e de longe, que conheço ou das que sou apenas conhecido, as que me criticam, as que me elogiam, as que me querem perto e as que me preferem longe. A todas, meu feliz Dia Internacional da Mulher.

Protesto exige conhecimento

Depois da criação Medalha do Mérito Municipalista, com a aprovação do projeto apresentado pelo vereador Flávio Cardoso de Moraes, Geada (PV), que institui a entrega da condecoração a ex-vereadores, autoridades e munícipes de Campo Limpo Paulista a balbúrdia virtual tomou conta.
Comentários e mais comentários. Protestos. Enquete. E tudo o mais. A grande queixa é incluir ex-vereadores como homenageados. Entretanto, quem faz coro ao ataque, em nenhum momento menciona a inclusão do termo "munícipes" como alvo da homenagem.

Em uma das postagens, um munícipe sensato lembrou que se são ex-vereadores, um dia ocuparam a função sob a chancela de um determinado grupo de eleitores que escolheram aquele nome.
Complemento que, se erraram ou acertaram no exercício de seus mandatos, a história o confirma ou está por fazê-lo, basta dar tempo ao tempo.
O atual sistema de governo define a representatividade popular por cálculos esdrúxulos. Mas é o que tem para hoje. Logo, cabe aos cidadãos o respeito e cumprimento às leis em vigor.

Neste mandato, assim como nos anteriores, há aqueles vereadores com quem não tenho tenho o menor relacionamento e, muito provavelmente, jamais terei. Uns pela absoluta falta de afinidade, outros pelas legendas contra as quais alimento acentuado repúdio.
Entretanto, a falta de proximidade e a discordância do alinhamento político deste ou daquele partido, não me dá o direito de ofender e difamar a quem quer se seja.

Na discussão acirrada contra a criação da condecoração, há internautas que perdem a compostura, partem para a ofensa pessoal e emitem juízo de valor sobre a atuação de vereadores que sequer conhecem ou quiçá sabem de suas rotinas.
A tecla que é repetida à exaustão é: 'ninguém faz nada'. Uma ladainha sem fim, que tem se repetido ano após ano, legislatura após legislatura.
Entretanto, não vejo nenhum desses Cíceros modernos, cheios de retórica, acompanhando nenhum vereador em qualquer atividade.

Alguém poderá dizer: 'não votei neste ou naquele'. E daí? Se ele ou ela está lá, a função é legítima e não é definida em prol de quem teclou seu número na urna eleitoral.
Questionaram-me se eu estava indo com os vereadores nos postos de saúde, hospital, escolas, obras etc. Prontamente respondi que não fui e nem preciso ir. Afinal, há os vereadores que estão cumprindo este papel.
Alguns, poderia apontar, onde quando e com quem. Outros, não tenho detalhamento, mas basta observar as indicações que integraram a ordem do dia das duas últimas sessões ordinárias que preciso usar alguns poucos neurônios para saber que se a indicação foi formulada, é porque a demanda foi conhecida pelo vereador.

Isso posto, não disponho de elementos para dizer que os atuais vereadores que completam o 53º dia de mandato, nesta sexta-feira, 22, estão ou não estão fazendo alguma coisa.
Protestar, reivindicar é um direito adquirido e um dever a ser cumprido pela população. Contudo, para tanto é preciso ter, no mínimo, conhecimento de causa.
Falar aos borbotões, desejando tão somente calar o oponente, baseado apenas em paixões pessoais, não contribui com a sociedade e é anti-democrático.

A argumentação favorável ou contrária sobre qualquer assunto precisa estar fundamentada em algo concreto. Não em 'achismo', interpretação pessoal deste ou daquele artigo da lei.
Até mesmo para a emissão de sentenças judiciais é válido recorrer a precedentes. O mesmo se aplica para questões como criação de uma medalha do mérito, título honorífico ou coisa que o valha.
Não é nenhuma invenção campo-limpense. Qualquer pesquisa superficial em qualquer site de busca vai mostrar centenas de projetos similares criados bem antes de Campo Limpo Paulista existir até mesmo como povoado.

A vingança é burra

"A vingança é um prato que se come frio", afirma um dos adágios populares que gerações a fio têm lançado mão. Não sou nenhum candidato à beatificação e confesso que esse já foi um prato do qual já quis me servir. Felizmente, não foi possível.
Entretanto, enquanto não comia o 'prato principal', fui servido de aperitivos e entradas que mesmo não sendo a vingança propriamente dita, resultam em tanto prejuízo quanto.

Felizmente, não vou precisar chegar aos 60, 70 ou 80 anos para antecipar o aprendizado de que a vingança, na verdade, é um prato que não se deve comer nem frio, nem morno, nem quente.
Com pouco tempo de vida, posso atestar por diversos exemplos em múltiplos grupos da sociedade, que o sentimento de vingança é, de fato, uma anomalia da alma de efeitos funestos tanto para o indivíduo que nutre essa patologia, quanto para as pessoas que o cercam.

A vingança tem o poder do emburrecimento. Entretanto, a despeito de corroer as faculdades mentais daquele que quer ser o vingador, o próprio indivíduo se sente forte, poderoso, superior, imbatível, insubstituível, entre outras megalomanias. Aliás, o nome Vingador pelo qual era identificado o vilão do desenho animado "Caverna do Dragão" sintetiza bem esse perfil doentio.

Apesar do emburrecimento para o que é proveitoso, o sentimento de vingança aguça os sentidos do indivíduo e lhe confere habilidades, que se a cura chega em tempo, não provoca nenhum orgulho em ser relatado.
É comum aos vingadores por aí afora, a associação com toda sorte de gente que lhe confira alguma perspectiva para lograr êxito em seu plano de vingança. Não importa se aqueles com quem busca se associar são tão vis quanto aquele de quem quer se vingar. Neste tipo de associação, é comum as promessas de favorecimento. Aplica-se a história de uma mão lava a outra.

Tomando novamente a ficção como exemplo, o Vingador tinha como serviçal o Mestre das Sombras. Isso aponta para outra característica de quem quer se vingar: a postura sorrateira. Chega sempre pelos cantos, aparece 'do nada', lembra bem a personagem Nina, vivida pela atriz Débora Falabella na novela "Avenida Brasil" (Rede Globo, 2012).
Quem faz da vingança sua meta de vida, além de emburrecer, se não fica cego, se torna míope. Isso porque não consegue ver nada à frente de si além abismo que acredita ser capaz de pular, mas para o qual não tem ponte para instalar. A bem da verdade, o que encaramos como abismo, o vingador vê como montanha que vai subir e se tornar herói por tê-la escalado.

A vingança, apesar do emburrecimento que provoca, fundamenta discursos com certo requinte e contagia massas. Foi bem assim que Adolf Hitler entrou para a história como um monstro social com a anuência e consentimento, embora que enganado, do povo alemão.
É notório que o vingador sabe, como ninguém, enganar, mentir, fraudar, camuflar, ludibriar as pessoas que precisa envolver para a concretização de seus planos.
Quem cai no 'conto do vigário', descobre outra habilidade do vingador que é trair. Ele trai a confiança de quem acreditou ser importante no seu plano. Nesse jogo, nega as próprias palavras. Não tem a menor preocupação com a própria história e memória. Afinal, seu grande desejo era se vingar. Se o objetivo foi alcançado, não existe mais nada e nem ninguém que importe.

Mesmo convicto de que o emburrecimento do vingador é real, reconheço que é comum seus planos darem certo. Alguém, então, pode me dizer: 'Então, ele não é tão chucro assim!'. Eis o paradoxo: foi esperto para concluir o plano da vingança, mas não sabe o que fazer depois.
A vingança, quando consumada, deixa o vingador sem perspectiva, desorientado, limitado, atrofiado. Não sei que sabor a vingança tem, mas se for para comparar, deve ter sabor de mel na boca e de fel no estômago.

Para concluir com uma visão bíblica, não foi em vão que Deus mandou registrar no Livro Sagrado: "Minha é a vingança, eu darei a recompensa..." (Hebreu 10:30)

Respeitável público!

Quem chega às funções de comando em qualquer esfera governamental o faz credenciado pelo povo. Infelizmente, a qualidade dos mesmos tem se tornado cada vez mais baixa.
Se são de cargos eletivos, chegam por falta do mínimo de empenho do eleitorado em avaliar suas fichas. Para ser varredor de rua, é preciso ter Ensino Fundamental, para ser legislador, não.

Se chegam por nomeação, muitos o são por serem "amigos-do-rei", não por serem qualificados para esta ou aquela função. Esse fisiologismo nos mantém, cronologicamente, no Século 21, e, socialmente, na era medieval.
Se queremos mudança, temos que exigi-la a partir de baixo. Desde o fiscal municipal que pode tornar pública sua reprovação à falta de cumprimento da legislação do boteco ou da casa noturna, ao caixa do mercado que recebe dinheiro a mais, percebe, mas faz de conta que nada ocorreu.

A mudança tem de começar dentro de nossas casas quando, diante dos nossos filhos, reprovarmos, com veemência e verdade, toda forma estúpida de tratamento a outrem desde a mentira ao preconceito por quaisquer diferenças. Temos que incutir nas gerações subsequentes a intolerância ao erro, mas não a quem erra.

Enquanto cidadãos na base da pirâmide, ficamos regando sonhos de igualdade, liberdade de fraternidade. Não vou chamá-los de ilusórios porque, ao menos na comunidade espiritual dos que creêm em Deus isso os fortalece. Mas isso está mesmo no universo da metafísica. Neste mundo real do pó e da cinza, o que realmente solapa é uma impiedosa desilusão.
Após a votação que definiu Renan Calheiros (PMDB) como presidente do Senado Federal, uma melancolia me tomou de assalto. Isso é uma coisa tão pustulenta que faz surgir um caleidoscópio de interrogações.

São tantas as perguntas sem resposta que, neste momento, o que posso fazer como cidadão traído, vituperado, humilhado, vilipendiado em sonhos democráticos de ética (e comestível?), justiça (serve para vestir?), verdade (ainda existe?).
As perguntas sem resposta saltam como gazela no pasto e, por isso, tenho o choro como última expressão pela angústia de não ser respondido.

Esta mancha no Senado Federal tem a assinatura "secreta" de 56 senadores que foram calheiristas de carteirinha; 18 foram taquistas; 2 covardes que votaram em branco e mais 2 covardes que anularam.
Ora, se a votação é secreta, por que anular ou deixar em branco? Antes, porque essa votação tem de ser secreta, se para eleger o presidente de uma Câmara de Vereadores o voto é aberto?
Por que o procedimento não pode ser também transparente? Medo de serem execrados pela opinião pública? Medo de terem suas reais identidades reveladas ao dizerem com quem andam?

E minhas perguntas se multiplicam: 1) Por que Dilma, Lula e todo o PT endossam esse tapa na cara da sociedade? O jornal "O Globo", de 1º de fevereiro, informa: "[...] Renan volta com força total, com apoio da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, dos partidos da base governista e até de José Dirceu, condenado como chefe da quadrilha do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Como agora, em que enfrenta três inquéritos para apurar uso de notas frias e crime contra o meio ambiente, no dia 04 de dezembro de 2007 Renan encerrou quase três anos de duas eleições consecutivas para presidir o Senado. No ato da renúncia, disse que saia sem mágoas ou ressentimentos, de cabeça erguida." Por quê?

2) Por que mais 300 mil assinaturas são ignoradas na petição contra a volta de Calheiros? E mais: por que infames como José Dirceu e Fernando Collor o defenderam?
3) Sou avesso ao comunismo da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), mas em questão de honra e dignidade compará-la com Calheiros seria boçal. Por que, então, os alagoanos o preferiram?
4) Por que 56,6% dos alagoanos são identificados como vivendo em extrema pobreza, à frente do Maranhão (55,9%) e Piauí (52,9%)? Collor e Calheiros não são alagoanos?

Pelo jeito, uma das respostas é que somos todos palhaços.

Virada de página política

O tema central desta coluna era para ser ou o último de 2012 ou o primeiro de 2013. Em função dos acontecimentos de Santa Maria-RS quase se tornaria o terceiro. Entretanto, como a tragédia tem cobertura exaustiva em todos os meios, registro apenas meu luto pelas vidas que perdemos e uno minha voz de protesto contra o jeitinho brasileiro que, no frigir dos ovos, será, de novo, culpado por mais estas mortes.
Meu cerne desta vez tem nome e lugar na linha do tempo da cidade. Trata-se do ex-prefeito Armando Hashimoto que exerceu dois mandatos entre 2005 e 2012. Não precisa susto, porque não estou com saudades.

No dia 1º de janeiro, após a transmissão de cargo, alguns selvagens com capa de cidadãos puxaram vaias ao ex-prefeito.Um ato inútil e tolo. Não concordar com as ações de uma pessoa e fazê-la saber de modo civilizado é um direito que assiste a qualquer um. Contudo, tentar impor condição vexatória escancara o raquitismo mental.
Bem pode ser que alguém dos seus leais vá entregar esta edição ou telefonar dizendo: 'Leu o que aquele bobo escreveu?'. Pois é. Devo mesmo ser um bobo, mas um bobo que pode se expressar.

Ao falar especificamente sobre o ex-prefeito, faço-o tendo como know-how o fato de ter trabalhado nas suas duas gestões, além de contato anterior principalmente em campanhas eleitorais.
Por diversas vezes escrevi matérias nas quais o ex chefe do Executivo municipal argumentava que estava trabalhando nos quatro pilares da administração pública: educação, saúde, infraestrutura (já elogiada por opositores) e saneamento.
Em linhas gerais, sua defesa era que se essas áreas recebem os investimentos necessários, a Prefeitura não fica condicionada apenas às pautas determinadas pela agenda político-eleitoral.

Na história da cidade, foram encerrados os capítulos de suas gestões, mas não o livro em si. Ao longo do enredo, quer eu admita ou não, os resultados de algumas das suas decisões administrativas serão colhidas por outros gestores.
Um exemplo disso é o próprio Hospital de Clínicas que se tornou infâmia e triunfo, ao mesmo tempo. Agora, os apedeutas vivem para criticar, pejorativamente, às dimensões do hospital. Pelo jeito, têm saudades do 'conforto e amplitude' presentes no antigo N. S. Rosário.
Contudo, o hospital parece grande hoje que, segundo  o IBGE, a cidade tem 74 mil habitantes. Quando tiver 100, 110, 120 mil bem pode ser que alguém o achará pequeno.

Em linhas gerais, o ex-prefeito tomou decisões inadequadas sob o prisma político por comprometer sua popularidade (que já não tinha). Entretanto, os desajustes políticos foram pautados por fatores de gestão cujos méritos foram, são e serão negados pelos obtusos que invejam qualquer êxito de quem lhe é contrário.
Cito como exemplo a criação do programa de bolsas para a faculdade (garantido até 2017) e o auxílio-transporte para alunos de cursos técnicos e de nível superior fora da cidade que, felizmente, estão garantidos por força de lei.
Assim, os incentivos não ficam a mercê da benemerência política, mas são uma conquista do cidadão, independente de sua ideologia. Podem ser melhorados e ampliados, mas não extintos.

Muito embora Hashimoto tenha delineado uma linha de governança auspiciosa com vistas ao futuro, faltou-lhe clareza de que as pessoas, independente de suas atribuições, quer sejam garis ou empresários, preferem ser convidados a participar e, não, intimadas a cumprir a vontade deste ou daquele.
O ex-prefeito começou em 2005 no 'achismo' de que seria possível controlar 100% da cidade, leia-se Prefeitura. Passou a aferir a compra de um prego, mas desmotivou as pessoas a darem o melhor de si.
Mesmo no fim do seu mandato, deixou claro não ter aprendido a lição de que uma cidade não é uma máquina, mas um organismo vivo em constante mudança. Algumas de suas decisões tinham o cheiro, a forma e a consistência que somente a arrogância impõe.
Quando as insatisfações se faziam ser ouvidas, nunca admitiu, ao menos não publicamente, alguma parcela de culpa. Pelo contrário, aliou-se com gente de péssima índole para atribuir responsabilidade aos secretários, diretores e coordenadores. Os mesmos que eram por ele privados de qualquer autonomia.

Em 2006, diante de uma plateia no Teatro Municipal, afirmei que havia votado nele por causa da indicação de ninguém menos que Luiz Antonio Braz. Ocorre, porém, que se hoje o mesmo Braz o indicasse para síndico de condomínio, eu não o escolheria.
Implicância minha? Não. Apenas prudência para não delegar poder a quem não deixou evidente que não o soube usar. Embora tenha declarada rejeição ao comportamento do homem Armando, pelo bem da minha própria dignidade, não posso desmerecer as suas escolhas na gestão da cidade. Bem, a página virou, mas a história continua.

O Brasil pode mesmo mudar?

A volta de Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado Federal é uma coisa tão pustulenta que faz surgir um caleidoscópio de interrogações. São tantas as perguntas sem resposta que, neste momento, o que posso fazer como cidadão traído, vituperado, humilhado, vilipendiado em sonhos democráticos de ética (é de comer?), justiça (serve para vestir?), verdade (ainda existe?) etc etc etc que resta-me o choro.

Mais esta mancha no Senado Federal tem a assinatura "secreta" de 56 senadores que foram calheiristas de carteirinha; 18 foram taquistas; 2 covardes branquistas e mais 2 covardes nulistas.

E minhas perguntas se multiplicam:

1) Por que Dilma, Lula e todo o PT endossam esse tapa na cara da sociedade?

"[...] Renan volta com força total, com apoio da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula, dos partidos da base governista e até de José Dirceu, condenado como chefe da quadrilha do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Como agora, em que enfrenta três inquéritos para apurar uso de notas frias e crime contra o meio ambiente, no dia 04 de dezembro de 2007 Renan encerrou quase três anos de duas eleições consecutivas para presidir o Senado. No ato da renúncia, disse que saia sem mágoas ou ressentimentos, de cabeça erguida."
Fonte: O GLOBO <http://oglobo.globo.com/pais/renan-calheiros-eleito-presidente-do-senado-com-larga-vantagem-7460119>

2) Ora, se a votação é secreta, por que anular ou deixar em braco? Antes, porque essa votação tem de ser secreta? Se para eleger presidente de uma Câmara de Vereadores o voto é aberto? Por que o procedimento não pode ser também transparente? Medo de serem execrados pela opinião pública? Medo de terem suas reais identidades reveladas ao dizerem com quem andam?

3) Por que a pústula nacional que atende por José Dirceu ainda quer opinar em prol de Renam, no Senado, e de outro peemedebista Henrique Alves, na presidência da Câmara?
<http://oglobo.globo.com/pais/dirceu-defende-renan-diz-que-senador-alvo-de-ofensiva-midiatica-7462411>

4) Por que mais 300 mil assinaturas são ignoradas na petição contra a volta de Calheiros?
<http://oglobo.globo.com/pais/mais-de-300-mil-aderem-abaixo-assinado-contra-volta-de-renan-ao-comando-do-senado-7466061>

5) Por que o infame do Fernando Collor de Melo tomou as dores em defesa do infame conterrâneo?
<http://www.dirigida.com.br/news/pt_br/em_defesa_de_renan_collor_acusa_gurgel_r7/redirect_11823237.html>

6) Por que os alagoanos não fizeram Heloísa Helena voltar como senadora, mas preferiram este detrator da nação?
Não pactuo dos ideiais comunistas da ex-senadora, mas a respeito pela honra e dignidade que ela representa em condição diametralmente oposta ao seu conterrâneo.

<http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u89213.shtml>

7) Por que 56,6% dos alagoanos são identificados como vivendo em extrema pobreza, à frente do Maranhão (55,9%) e Piauí (52,9%)? Não é esta terra que Collor e Calheiros foram eleitos para representar?

<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/100713_comuni58pobreza.pdf>

 
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