EMOÇÃO x EMOCIONALISMO

Esta semana, deparei-me com alguns vídeos no YouTube com chamada de um "mendigo que surpreende igrejas e faz fogo cair na igreja".

O começo do enunciado atrai, o final "faz fogo cair" é de causar riso, para não dizer ira. Ao assistir 3 vídeos para não correr o risco de ser injusto a ira não diminuiu. Não costumo entrar em embates desta natureza, mas desta vez confesso que mexeu com meus brios.

A ideia da encenação --tratar o necessitado com amor-- é antiga, apenas o suporte --rede social-- é novo. Entretanto, o problema aqui não está no número teatral e, sim, no embuste de espiritualização.

Fui criado na igreja evangélica. Na adolescência, tive meu encontro pessoal com Cristo. Sou pentecostal por convicção. Creio na atualidade dos dons espirituais para a igreja hodierna e não apenas para os crentes do primeiro século.

Entretanto, a variedade de línguas não é um instrumento para manipulação do homem --o que se vê nestes vídeos-- e, sim, um dom para edificação da igreja para casos coletivos com a devida interpretação, também dádiva do Espírito Santo. O mesmo dom é útil para edificação individual. Neste caso, não precisa ser suprimida, mas também não deve ser usada como "patente-de-mais-comunhão".

Vi três vídeos deste irmão e para meu espanto, o que ele sugere como "variedade de língua" é usado no mesmo momento da música em duas apresentações. Sendo que com algum esforço é possível perceber uma repetição no que estaria sendo dito de modo "sobrenatural".

Outros vídeos onde a glossolalia é repetida no mesmo compasso da música.
<https://www.youtube.com/watch?v=cswAfJLeazA>
<https://www.youtube.com/watch?v=UCe5Pm4WxKk>
<https://www.youtube.com/watch?v=ODjLLobog7U>

Não houvesse este desrespeito a um assunto tão sensível: um dom do Espírito Santo, a proposta suscitaria crítica, mas certamente teria outro viés.


A ZONA COMO NORMALIDADE (parte 1)

Testemunhamos um momento que, pela sucessão de acontecimentos, alguns já rotulam como histórico. Do lado mais otimista, temos o olhar de quem acredita numa elevação no grau de politização do brasileiro. Do outro, meu caso, vemos apenas uma elevação do caos como algo normal.

Os entusiasmados, mencionam as manifestações como do dia 13 de março de 2016 contra a corrupção e, obviamente, contra tudo o que representa os governos petistas em todas as esferas e contra outros governos como tucanos, pmdebistas, e afins nas esferas estaduais e municipais.

Quando o Brasil parou para acompanhar a votação de admissibilidade do processo de Impeachment na Câmara dos Deputados, no dia 17 de abril, também houve quem festejasse em função de não se ter registros de confrontos entre favoráveis e contrários ao processo. 
O entendimento de pessoas como Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, foi de que a ausência do confronto estaria sinalizando para uma maturidade democrática da população. Contudo, tenho cá minhas objeções sobre o tema. 
A falta de confronto na madrugada de 18 de abril foi decorrente da ausência de alguma ordem de comando da gangue vermelha para o ataque.

Como estavam aturdidos com a acachapante derrota, os ditos "movimentos sociais" ficaram sem saber que ordem dar. Esta gentalha, na verdade, não passa do ajuntamento de manipulados ou manipuladores. 
Na essência, vândalos capazes de repetir qualquer bordão, palavra de ordem que tenha sido ordenado no ajuntamento da caravana regada a pão, mortadela e Tubaína (ou equivalente de cada região do País).

Além da balbúrdia em Brasília, estabelecimentos educacionais cariocas e paulistas foram invadidos por grupelhos de moleques que, de repente, se tornaram heróis de uma resistência cívica (nojo!) para uma parcela que os aplaudem e deixa evidente que são tão idiotas quanto os novos "heroizinhos-de-última-hora".
Ora, mas como eu posso ser contra tanta consciência política? Simples! Não há consciência alguma. O que há são políticos oportunistas querendo criar cortina de fumaça em diversas situações.

Em São Paulo, a ladainha da CPI da Merenda, tão reivindicada por alguns opositores de Alckmin, tinha como foco apenas a Secretaria de Estado da Educação. Descaradamente, queriam ignorar ou fazer de conta que não viram os governos municipais citados na denúncia do Ministério Público Paulista. 
Ora, de 645 cidades de São Paulo, 22 aparecem na lista do "desvio da merenda". Dentre elas, a imaculada (só que não) prefeitura petista de São Bernardo do Campo. Uau! E por que tanto holofote apenas no Picolé de Chuchu?

Os imbecis úteis que ocuparam escolas estaduais e o Centro Paula Souza não foram informados (ou fizeram questão de acobertar) que na ladainha da merenda há membros de oito partidos, a saber: DEM, PDT, PSDB, PSB, PSDC, PSD , PT e PTB.
Ah! Mas eu sou contra a merenda para os pobres estudantes? Claro que não. Eu mesmo comi, algumas poucas vezes, quando estudei no Colégio Estadual 15 de Outubro, em 1994.

A minha pergunta é: das 645 cidades paulistas, quantos estudantes hoje estão sem merenda? Se houvesse o horror que querem vender, não seria o caso de que ocorressem protestos em pelo menos 400 cidades do Estado, jogando por baixo?
Sou do tempo que adolescente investia horas sentado em salas de uma biblioteca pesquisando nos livros para responder atividades aplicadas pelos professores na aula anterior. Eu mesmo convivi muito com pó e ácaro de livros velhos e sobrevivi.

Adolescente que se preza, primeiro, aprende a arrumar a cama, lavar a própria cueca ou calcinha, usar o dicionário, respeitar pai, mãe ou qualquer outro que tenha tutela sobre ele para, depois, passar a disputar espaço político e querer ditar regras.
Ah! Não concorda comigo? Não tem problema. Não escrevo para vender.


SOU CANDIDATO

Como a lama densa está sendo exposta de forma implacável, não adianta dizer que ninguém presta. EU PRESTO e conheço outros tantos de pessoas que prestam. Então, mais que lamentar, precisamos nos apresentar para a guerra.


Como candidato, já aviso: não vou alisar com nenhum safado(a) seja rico ou pobre, que venha pedir dinheiro para churrasco, viagem, torneio, velório, reforma, contas atrasadas entre outras patifarias.


Claro que isso vai me tornar inimigo de muita gente, mas o que falta na política brasileira é o mínimo de verdade. Sem dissimulações, tapinhas nas costas.


Meu número na urna? Não tenho. 
O texto acima foi só para provocar.


Sou apenas um candidato a não ser mais tratado como otário seja isso tentativa de pessoas com cargo eletivo ou não. Afinal, TODOS SÃO POLÍTICOS.


EM DEFESA DO "MACHISMO"

Eu topo a "igualdade" entre as mulheres e homens no tocante a salário. Afinal, são tão inteligentes quanto os homens. Só não admito essa prosa "feminazi" de "mais" inteligentes. Assim fosse, em 21 séculos de invenção do código escrito, elas não estariam patinando por coisas que Cléopatra já conseguiu há "poucos dias".

Mas se vamos tratar como "iguais", parem de querer que eu abra a porta do carro e puxe a cadeira para que entrem ou sentem.
Parem de dizer que mulher não pode andar sozinha depois das 20 horas, porque é perigoso. Enfia a cara e enfrenta a selva.
Quer igualdade, então, não vem com essa de que no busão os portadores de órgão genital externo, precisam levantar para quem os tem embutido.

Se querem a igualdade, suportem o esporro do chefe, sem as recorrentes lágrimas. Se querem igualdade, não quero nem saber que sangram todo mês e têm alteração de hormônios. Aprendam a teatralizar e finjam que nada aconteceu.

Como bem pode ser que não entendam a ironia, estou colocando alguns fatores que, para minha visão "machista", inviabiliza o tratamento da mulher como se fosse homem.

Minha formação cristã consolidou na minha cabeça que devo tratar a mulher como vaso mais frágil. Para os aloprados de plantão vale a pena lembrar que o conceito é de fragilidade, delicadeza, que inspira cuidados no trato.

O princípio foi dado por alguém que era "machão" na perspectiva social, que foi o apóstolo Pedro, mas que em algum momento da vida aprendeu, cresceu e melhorou como é passível de ocorrer a qualquer ser humano.

Cabe aos homens o dever de proteger a mulher, sim. Se sou casado, terei de fazer isso com minha esposa. Se sou solteiro, tenho irmã de sangue e de fé, amigas, colegas, primas, sobrinhas, vizinhas, enfim, toda e qualquer mulher que cruze minha história, será tratada com o respeito, delicadeza e instinto de proteção que a natureza embutiu em todo e qualquer homem que se preza.

A mulher que se preza, por sua vez, não faz beicinho, nem adota discurso de ideologia duvidosa se algum homem entrar em sua defesa, contra algum vagabundo que queira cometer qualquer abuso de ordem sexual ou de qualquer outra natureza.

Por mais que seja bestial, infelizmente há indivíduos que nem mais procuram os guetos para seus abusos e colocam em risco as mulheres em uma plataforma lotada de uma linha férrea ou no apinhado vagão de um trem, ou no "conforto do aperto" de um ônibus.

A sociedade precisa, sim, do machismo. Não o que impõe pânico à mulher, mas o que a protege. O machismo que coloca vagabundo no seu devido lugar por bem, ou por mal.


NÃO ACREDITO EM MAIS CONSCIÊNCIA POLÍTICA

Como estamos em ano de eleições municipais, cada "grupo" social adota um tipo de discurso. Para terem um tom mais palatável, a classe política diz acreditar que existe uma parcela da população que está mais consciente e, em função disso, deve ocorrer uma melhoria dos nomes eleitos para o próximo mandato.


De outro lado, existem os arautos da revolução e consciência que nunca acontece. A mesma que foi prometida no Orkut de 2004, e que todo ano eleitoral é pregada no Facebook. Ainda tem gente que mede as coisas pela quantidade de likes em fanpages.

É aquela conversa fiada de 'o gigante acordou', 'povo está esperto', 'ninguém engana mais' blá blá blá. Todo este falatório não recebe nenhum crédito de minha parte. E nem me importo de ser minoria. Digo isso porque a realidade que fazem questão de fingir não existir ou ensaiam uma boa cara de paisagem para fingir surpresa é que a tal parcela de gente "consciente", "politizada", "com vergonha na cara", é mínima, exígua, parca, insuficiente para, de fato, causar influência real.


A pregação da tal consciência é tão mentirosa que os levantamentos preliminares apontam um percentual ainda maior de intenções pela abstenção, isto é, não votar, ou pelos brancos e nulos.


O pior é que há uma multidão de imbecis que escarram nas redes sociais que votar nulo é a melhor saída. Numa hora dessas, cai como uma luva a declaração ácida e irrefutável do escritor italiano (e muitas outras coisas), Umberto Eco, que declarou sem titubear: "As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade".


Ora, se a tal consciência política fosse, de fato, uma realidade, teríamos um número crescente de pessoas dizendo que quer participar e fazer isso com qualidade. 
Além de optar pela participação, um real aumento da consciência política, faria com que os cidadãos com clareza buscassem estimular mais pessoas ao exercício da cidadania. Porém, não é isso que ocorre.


Nos escombros de tudo isso, o que se lê nos perfis de diversos candidatos são pedidos descarados de ajuda exclusivamente pessoal. Pedido de dinheiro para uma amiga de Minas Gerais que precisa vir a São Paulo para cuidar da desvalida que não tem ninguém no raio de 50km que possa ajudá-la em um momento de enfermidade (versão mexicana da desgraça).


Outra idosa, de quem se poderia esperar algum traço de sabedoria dizer: 'Voto em quem me der a cesta básica'. Ao ser advertida por um candidato de que não pode barganhar o voto, a pessoa, no alto de sua 'xucreza' repete as mesmas palavras como se fosse uma coisa boa.


Também passaram a adotar uma nova hashtag "#FulanoMeContrata". Na cabeça desta gente, os políticos ou são donos de empresa de recursos humanos, ou então, donos de fábricas e/ou de pontos de venda de calçados, roupas, alimentos, carros, aviões etc.


Recentemente, vi um apelo para que um pré-candidato ajudasse a resolver o problema de saúde de uma certa família. No final da mensagem a infame completa: "Na minha casa tem 30 votos".
Outra abre sua boca de esgoto para dizer: "É para ter minha ajuda tem que ajuda primeiro estou pra ser despejada de onde eu moro. E ai, como fazer? Sem emprego, sem seguro, sem nada. Preciso muito da ajuda de vocês. Ajuda-me que te ajudarei com meu voto.".


Ah! Faça-me o favor! E ainda querem que eu acredite que existe mais consciência política? Blefe. Mentira. Engodo. 
No meio desta panaceia ainda tem os pseudos-entendidos-de-tudo que ao reclamar sobre mil coisas consegue escrever "dessente" ao invés de "decente". Isso, sim, é uma indecência.


MEU PIRÃO PRIMEIRO

Na pegada da minha incredulidade que faria inveja até ao apóstolo Tomé, continuo a dizer o que muita gente não o faz por razões diversas.

Desdenho de chavões como: 'o gigante acordou', 'povo está esperto', 'ninguém engana mais', entre outras expressões piegas que querem vender uma sociedade madura, transformada, consciente, informada etc.

Não dou crédito a estas expressões porque ao considerar o comportamento dos cidadãos em diversas cidades com tamanho de populações bem diferentes o balanço da efetiva participação é pífio, miserável, risível, inexistente, inexpressivo, ridículo.


Considerando, por exemplo, as estimativas populacionais do IBGE para as cidades de Campo Limpo - 80 mil habitantes; Jundiaí - 401 mil; Várzea Paulista - 116 mil e Guarulhos - 1,3 milhão, poderíamos presumir que as sessões ordinárias das Câmaras Municipais que acontecem semanal ou quinzenalmente são acompanhadas por cidadãos conscientes e não por claques ou grupos organizados que só aparecem quando há algo de estrito interesse de sua categoria ou grupo.


Quando se compara o volume de pessoas que vociferam pelas redes sociais e a quantidade dos que, de fato, querem informação consistente, que querem apurar os fatos por conta própria, a piada já está pronta.
Alguém me dirá: 'Mas as pessoas estudam, trabalham, não têm tempo!'. Sério? Hum. Considerando 80 mil habitantes de Campo Limpo não é possível colocar 100 moradores a cada 15 dias para saber quais projetos estão em votação e o que, de fato, isso importa na gestão da cidade?


Se, no horário das sessões da Câmara campo-limpense passar em dez botecos (onde estão sempre os maiores especialistas #sqn) vai ter mais gente do que se inteirando dos rumos da cidade com base em fatos e, não, invenções e ilações.
Existe muita valentia e "informação" atrás de um computador. Coloco informação entre aspas porque recentemente leu-se pela enésima vez mais uma publicação dizendo que a represa de Atibaia iria abrir comportas e inundar Campo Limpo.


Claro que a vontade de checar informação para não difundir histeria é nula. E por mais que se desenhe insistem em dizer que se o Rio Jundiaí sobe do seu nível normal, é por causa da tal represa.
Se há preguiça para checar o óbvio, não é de esperar que seja diferente para se apurar as informações de ordem pública.
Todavia, estou convencido de que os que menos sabem, são os que mais falam sem qualquer preocupação em fundamentar de modo minimamente plausível qualquer argumento.


As afirmações são sempre com base na "certeza do achismo". 
Ou seja, nunca geriu, nunca administrou bem da própria casa mas, de repente, aparece como especialista em contas públicas. Há um sem número de "guerreiros da moral e dos bons costumes" que se for chamado para tomar café com o vereador ou entrar na sala do prefeito e for recebido sendo tratado pelo nome, pronto, logo vira uma "moça", por mais cara de Lampião que tenha.


Existe um sem fim de gente que berra, esperneia, sapateia, grita, vocifera, bufa, urra, por conta da iluminação pública que está precaríssima ou dos buracos que prejudicaram sua santa suspensão do veículo.


Se, contudo, o buraco na frente de sua garagem for tampado, e o super-entendido de gestão pública conseguir sair e entrar com conforto, não importa que faltem leitos nos hospitais, remédios nas farmácias, médicos nos consultórios, professor, higiene hospitalar, investimento em saneamento (água e esgoto), limpeza pública, coleta seletiva etc. Tudo estará maravilhoso porque o tal buraco foi tampado.


Como diria a minha avó, é a lei do "meu-pirão-primeiro'. Exemplifiquei com o buraco como exemplo hiperbolizado. Entretanto, se não tem piche para encher um buraco ou outro, sempre tem alguma possibilidade de colocar mais um sanguessuga na folha de pagamento da Prefeitura ou Câmara. Aí, de reclamante, boa parte passa a ser a mais feliz com qualquer gestão.


FISCALIZEM OS ELEITORES

Os pedintes fazem um expediente 
sistematizado. Conseguem identificar 
onde mora cada candidato. Para cada 
abordagem tem uma despesa diferente: 
água para um, luz para outro, telefone, 
internet, gás, crédito para celular, combustível.
Se o cara que topou pagar algo para este 
tipo cretino de gente for eleito, ele apenas 
estará se ressarcindo das extorsões 
praticadas em nome do vitimismo 
e justificadas pela preguiça.


DE REPENTE, num estalar de dedos, num passe de mágica, saído da cartola do Mister M ou do chapéu do Mestre dos Magos, da Caverna do Dragão, eis que surge nas ruas um exército de especialistas em tudo. Sabem como resolver todos os problemas de uma rua, bairro, cidade e, se bobear, desbanca até a Dilma. Conhecem tudo de legislação, orçamento, receita, despesa, tributos, taxas.

Gente que faz um ensaio exaustivo na frente do espelho para forçar uma cara-de-conteúdo e perguntar nas redes sociais: 'Quar çeu prano de guvernu?' Pois é. Não estou falando dos candidatos a vereador e prefeito. Estou falando de eleitores.
Esta semana, ouvi o dono de um restaurante em Jundiaí elogiando a cerimônia de encerramento das Olimpíadas do Rio e dizendo que se os políticos no Brasil fossem melhores... Já interrompi antes de concluir e sem titubear alertei: "Melhorem os eleitores que, automaticamente, os políticos serão melhorados".

Políticos não vêm de Marte, emergem do povo. Temos aí uma parcelazinha que se vende como paladinos da "morau" e da "justissa", dizendo-se neutros (mas sempre atacando a alguém com intenções tão cristalinas quanto uma fossa séptica).
Além dos que se acham "miores-qui-todu-mundo" e que vivem para atacar e dizer que estão aí para fazer "controle social", tem aqueles que, com o mesmo ar de superioridade, dizem que não se importam com política, que não vota porque não vale a pena, que nada nunca vai mudar blá, blá, blá, mimimi, mimimi.

Curiosamente, porém, adoram fazer protesto em redes sociais quando há problemas no atendimento do posto de saúde, longa espera na emergência do hospital, falta de ambulância, falta de segurança, ruas escuras, sujas, playgrounds quebrados, merenda sem qualidade, material escolar que não é entregue etc etc etc.

Ora, se os seres não se importam com política e com políticos, por que ousam fazer verborragia contra as coisas que são arbitradas por eles? Se está lavando as mãos, logo, entende-se que não precisa dos serviços públicos. Alegar que paga impostos e, por isso, pode cobrar é engodo retórico, pois todos pagam ou, em tese, têm de pagar.

E se dão de ombros com defesas estapafúrdias por voto branco, nulo ou abstenções, logo, não têm legitimidade para cobrar nada de nenhum gestor eleito. Quem pode cobrar com legitimidade é quem se arrisca nas escolhas políticas.
Qualquer postulante não eleito tem crédito para cobrar o que quiser dos eleitos. Pois se arriscou. Foi para a rua. Apresentou propostas. Se expôs ao escrutínio do eleitorado.

Considero-os legítimos para reivindicar o que e quando quiserem, aqueles que se submetem a ficar ouvindo a penca de eleitores que merecem ser denunciados. Fiquei louco? Não. Há um modismo de denunciar candidato por coisas imbecilizadas que, infelizmente, estão inseridas em leis igualmente débeis.

Entretanto, mais que candidatos cretinos, em quantidade respeitável, existem eleitores medíocres. Gente que integra o elemento pitoresco do caldeirão eleitoral: os pedintes.
Gente especializada em identificar comitê e saber com quem fala para conseguir o busão fretado para a caravana da igreja, o conjunto de camisa novo para o time, a locação da van para sepultar o tio avó do primo da cunhada a 700km de distância. Tem, também, os que querem dinheiro para quitar as dívidas na escola particular da filha está e que, como a instituição é muito boa, não quer tirar o rebento de lá.


SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO

A despeito da turba contrária EU GOSTEI DA APROVAÇÃO.

Se PT, legendas acessórias, penduricalhos ideológicos, professores da USP, Unicamp,  Puc e qualquer outra concentração de acadêmico (sic!) esquerdopta são contra, então, é bom.

Tem uma peãozada espumando por "direitos" e alegando serem vítimas da terceirização. Pau no gato. Abram seus CNPJ's e vão disputar mercado com quem não inventa desculpa da inflamação de cabelo para não trabalhar e, ainda assim, achar que está se dando bem nas costas do "trouxa" do patrão.

Sindicatos são contra? Hum... será que eles percebem a possibilidade de reduzir receita com aquela FACADA COMPULSÓRIA que aparece nos holerites e ninguém sabe onde vai parar?

Os populistas dirão: 'Ah, mas tem muita gente do povão contra'. Para quem pauta decisões pensando em urnas é algo a ser considerado. Quem, no entanto, pensa a república e tem algum compromisso sério com o futuro, não vai se abalar por gritaria. 

A voz do povo, não é a voz de Deus. É apenas mais uma voz.

Há 2 mil anos, foi a voz das massas que pressionou o império romano a crucificar um inocente. Seu nome? Jesus, de Nazaré. Logo, não sou seduzido, tampouco convencido por maiorias protestadoras de direitos e avessas a deveres.

Por 10 anos vi meu holerite sendo mordido pelo crocodilo chamado SINDICATO. Nunca consegui pegar um bronzeado ao menos em um clube de campo. E agora os sindicatos querem fazer circo? Ah! Vão se catar, aspones profissionais.

Ah! Tem juízes trabalhistas que não gostam da medida? Sugestão: usem metade de seus proventos para abrir uma pastelaria (coisa "simples").

Mostrem, na prática, como se aplica a lei em prol do proletariado. Se são sempre tão favoráveis a pinguços, malandros e afins, certamente serão verdadeiros paizões com esta mesma gente quando descobrirem o que é ser lesado por "vagabundo cheio de direitos" e avesso a deveres.

 
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