Como me desejar feliz ano novo: com muito dinheiro
Hipocrisia fede
Os maus políticos e os coletores de lixo
Hipocrisia
Desde o indivíduo que se finge de amigo para poder tomar a função no local de trabalho, até o vazio que afirma estar cheio de Deus, no entanto, não sabe o que é amar ao próximo.
Nem mesmo Shakespeare, ao escrever peças como "Romeu e Julieta", imaginou ter um grupo de atores tão dedicados como tem a hipocrisia. Jesus nunca economizou palavras com o elenco da hipocrisia. Certa feita comparou-os a sepulcros caiados –bem tratados por fora, mas podres por dentro–.
Embora a hipocrisia tenha suas fileiras engrossadas por novos integrantes a cada geração, precisamos ter a serenidade de aceitar que, para conhecer a Deus, é preciso manter um coração sincero.
A verdade e transparência não fazem bem aos mentirosos e dissimulados. São valores grandiosos demais para eles. Tal qual a coluna na postagem sobre Coveiros de Sonhos, deixo alerta aos hipócritas de plantão que não se ocupem em me procurar para desejar boas festas.
Nunca gostei da atitude hipócrita de pessoas que aproveitam a ocasião para, ao invés de tentar se redimir, simplesmente aguçam seus piores instintos, vestem suas melhores capas e saem distribuindo abraços pelos corredores da empresa, no condomínio, no elevador, na feira, no boteco.
No meu caso, jamais sentirei falta de sua mão gélida estendida, pois tenho gente sincera, honesta, agradável, simples, humilde em profusão de quem vou receber beijos e abraços (que não serão de tamanduá).
Coveiros de sonhos
Amor só é amor se agir
Se o produto ou serviço dá algum problema, reclamamos, telefonamos, publicamos no Twitter, Facebook, falamos mal no almoço de aniversário, no jantar de Natal, na viagem de fim de ano. Quando não gostamos de algo, até aceitamos ir no aniversário da sogra para poder compartilhar a insatisfação.
Aniquilemos o medo de dizer que amamos. Abraços, beijos, compartilhamento de sonhos.
Contra os maquiavélicos, a amizade
Isso porque o esmero com que cumprem os mandamentos é quase de uma fidelidade religiosa. Vejamos: 1) Zelai apenas pelos vossos próprios interesses; 2) Não honreis a mais ninguém além de vós mesmos; 3) Fazei o mal, mas finge fazer o bem; 4) Cobiçai e procurai obter tudo o que puderes; 5) Sede miserável; 6) Sede brutal; 7) Enganai ao próximo toda vez que puderes; 8) Matai os vossos inimigos e ,se for necessário, os seus amigos; 9) Usai a força, em vez da bondade ao tratares com o próximo; 10) Pensai exclusivamente na guerra.
Afirma-se que a lista supra tenha sido elaborada no século 16. Quinhentos anos depois, infelizmente, a prática dos mandamentos é bastante propalada.
Apesar de vivermos um tempo demasiadamente conturbado e termos os nossos piores instintos sempre muito estimulados, gosto de acreditar e, mais que isso, viver os benefícios da amizade.
Isso porque, não podemos ter direitos exclusivos sobre a companhia de ninguém. Somos obrigados a dividir o tempo e as atenções deles com suas famílias, trabalho, e claro, com outros amigos.
Na minha limitada leitura da vida, essa diferenciação se estabelece porque com os colegas falamos e fazemos as coisas do mundo físico tão temporais e efêmeras quanto as tarefas desenvolvidas.
Gosto da visão registrada por Salomão de que o amigo é justamente a pessoa que se mantém perto nem que seja apenas para chorar. Normalmente, quando a situação aperta, não sabemos o que fazer para resolver o problema de um amigo.
Percebemos a pequenez e limitação uns dos outros e, milagrosamente, nos encorajamos e dizemos: 'vamos dar mais um passo'.
Os pais e a Educação
Ser assunto é divertido
Nem sempre a verdade vence
Nunca escondi que sou anti-petista "roxo", mas em Campo Limpo, se o ex-prefeito Luiz Braz, quem realmente mudou a história da cidade de 1997 a 2004, não fosse candidato eu teria engolido o meu orgulho e expressaria minha preferência pelo dr. Japim Andrade que, embora seja apontado por opositores como inexperiente, não é dotado de má fé e não tem perfil para o dolo.
Em pleno Século XXI, como diz um partidário do PR, ainda temos eleitores que abaixam no meio do lixo, sorteiam um papel qualquer e diz: 'Fui com a cara desse aqui, vou votar nele'. Isso não é lenda, foi visto ao vivo e em cores, mas parece tons de cinza. De qualquer forma, estamos em evolução. Nosso avanço? Vai sofrer um atraso, porém não será inviabilizado.
7 de outubro: dia de mais um passo
Reflexões eleitorais
Isso porque há consenso geral que a decisão final pelos candidatos, principalmente para prefeito, está ficando para o último momento. Isso é ruim? Pelo contrário, demonstra cautela, paciência e maturidade.
Afinal, o resultado do dia 7 de outubro, diz respeito a quatro anos e, não quatro horas, quatro dias ou quatro semanas. Infelizmente, as argumentações tanto no mundo real quanto no mundo virtual (este mais acalorado pelas redes sociais) gravitaram muito em torno de questões pessoais.
Cabe destacar, porém, que dado o loteamento de cargos públicos (com promessas de contratação até para o papagaio da vizinha), quem está de fora não mostrou argumentação capaz de convencer que seus interesses sejam o bem da cidade. A evidência que dão é a necessidade de conquistar uma fonte de renda no poder público, em detrimento dos interesses do cidadão.
Além disso, recorreram, novamente, a mentiras antigas e novas para tentar confundir o eleitor. Dentre elas destaco: 'o hospital vai fechar se o PSDB permanecer'; ou 'o dinheiro do hospital daqui está em Santos'. Engraçado que em mais de 14 anos de acusação de um suposto hospital no litoral, ninguém nunca publicou uma mísera foto. Por que?
Para exigir ainda mais cautela do eleitor, na madrugada do dia 1º de setembro, um sábado, mais um pouco de conteúdo da latrina foi lançado nas ruas. Distribuíram um panfleto que acusa o candidato do PSDB de ter ofendido a população do São José.
O intento da banda podre que distribuiu o panfleto asqueroso era ver a população do bairro fazendo arruaça. Ocorre, porém, que esse tipo de politicagem é coisa para gente que pensa como na Idade Média e transita entre pessoas da pós-modernidade.
O que temos hoje, na mesma região, são milhares de pessoas que ajudaram a construir o seu cantinho. Enquanto constroem seus espaços, ajudaram e ajudam no progresso da cidade. Tal qual no São José, temos uma população em Campo Limpo que vem de diversas regiões do país. Eu mesmo estou na cidade há 18 anos. Há tantos outros com 10, 12 anos de residência fixa. Isso é sinal que a cidade tem o que oferecer, caso contrário, não veríamos ninguém chegar, apenas sair.
Político não vem de Marte
Miséria democrática
Rato é sempre rato
No mesmo artigo, também afirmo que "o incompetente e mentiroso se apoia nas deficiências de quem se opõe a ele, ao invés de apresentar suas ações e propostas". No texto completo, em nenhum momento, menciono qualquer coligação da campanha eleitoral. Entretanto, alguém para quem a carapuça serviu com perfeição, de novo anonimamente, fez o comentário a seguir no meu blog:
"A casa caiu meu amigo,voce tem todo direito de defender seu candidato.Mas a ficha do sujeito e longa,vai ate Santos de onde ele e seu amigo hashimoto,nunca deveria ter saido.Esta eleição vai demonstrar o lado que o povo esta,dai vai ser so lamentação para tucanada.So comprando voto ou burlando a urna eletronica,para levar essa.Quero ver todos estes sujeitos na cadeia." [sem correções]
Curioso é que o candidato é um, mas os incompetentes de plantão na falência de propostas e miséria absoluta de ideias, insistem em tentar fazer um milagre que nem Deus faz: tornar duas pessoas em uma. Há um conceito teológico na questão do casamento e tal, mas é outra história. O fato é que uma pessoa é uma pessoa, outra pessoa é outra pessoa.
Em Campo Limpo Paulista, existe um esforço hercúleo para argumentar com os eleitores que um é igual ao outro. É a grande aposta da oposição, uma vez que um, o ex-prefeito Luiz Antonio Braz é conhecido pelo carisma e popularidade, e o atual prefeito, Armando Hashimoto, é estigmatizado como elitista. Entretanto, são dois indivíduos, dois períodos administrativos e, até onde consta de todos os registros civis possíveis, duas datas de nascimento, dois RG's, dois CPF's, duas famílias. Difícil entender isso, não é mesmo? Reconheço. Neurônio atrofiado é triste.
Em uma evidente postura de gente desequilibrada e incapaz, o anônimo elabora argumentos para a derrota: 1) compra de votos; 2) burlar a urna eletrônica. Sobre a compra de votos, entendo que é um argumento que tenta reduzir a importância da maioria dos eleitores não corruptíveis.
Acredito, piamente, que temos mais pessoas com saúde civil, que pensam no coletivo e não no individual. A diferença é que entre o corrupto e o ético, quem tem mais mídia é o primeiro. Afinal, o crime sempre deu mais glamour do que a honestidade.
Quanto a burlar a urna eletrônica é uma possibilidade que, esta gente mesquinha, baixa, vil, ignóbil considera como a mais fácil do mundo. Aqui, desqualificam uma equipe gigantesca de técnicos, e agentes da Justiça que dão o melhor de si para que as eleições sejam realizadas com êxito. Nisso, tentam jogar na lama um processo eleitoral que tem reconhecimento internacional pela eficiência e velocidade.
Se é tão fácil burlar, alguém deve saber como fazer. Eu, felizmente, não sei. Não faço arruaça com resultado eleitoral desfavorável. Isso é postura de nobres. Agora, quem está abaixo da linha da mediocridade, precisa mesmo de um escarcéu para dizer que perdeu. Paciência.
Hoje, faço menção aos ratos porque eles são répteis que tipificam bem algumas pessoas que deixam sujeira por onde passam e, tal qual os roedores, só agem sob o manto da madrugada, sem mostrar a cara. Se você acende a luz na área de serviço, dá para ouvir o barulho da passagem, mas, raramente você consegue matar o rato.
Embora não tenha nome, nem rosto sabemos de quem se trata. Uma coisa é certa: conseguimos identificar os ratos porque não são inteligentes o suficiente para apagarem seus rastros ou a calda fica à mostra.
Estratégias de mentiroso e incompetente
Acredito, piamente, que o Todo-Poderoso nos fez, de fato. Como narram as Escrituras Ele pessoalmente decidiu por a mão na massa na hora de fazer o ser humano, Sua imagem e semelhança.
Entretanto, o mesmo livro que registra momento tão poético do próprio Deus amassando barro para compor o homem e sopra nele o fôlego da vida, também conta o momento da decadência humana.
Quando, por um jogo de palavras de quem havia se constituído inimigo do Criador, Eva comeu do fruto e compartilhou com Adão. Desde então, a ser humano passou a conviver entre uma parte de si que deseja e faz o bem e outra que se alimenta do mal.
A que quer o bem, dá espaço para "amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e o domínio próprio", conforme escreveu o apóstolo Paulo aos cristãos da Galácia.
A outra parte, que se alimenta do mal, encontra sua realização com "imoralidade, impureza, ações indecentes, adoração de ídolos, feitiçarias, inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, divisões, invejas, bebedeiras, farras e outras coisas parecidas com essas".
Enquanto travamos esta guerra interior sem trégua entre luz e trevas, bem e mal, vamos construindo ou desconstruindo as nossas relações. Do nascimento à morte precisamos de pessoas ainda que não queiramos reconhecer.
As relações começam com a família, vizinhos, igreja, amplia para a escola, clube, trabalho e por aí vai. O êxito de cada relacionamento depende, sobretudo, do grau de verdade nas nossas palavras e ações. Se somos mentirosos, logo perdemos confiança e, pouco a pouco, ficamos isolados.
A sociedade dos homens seria, de fato, saudável e cumpriria plenamente os propósitos do Criador se cultivássemos apenas as virtudes. Entretanto, as coisas do mal instigam astúcia, aguçam o lado em nós que parece mais forte e, ao invés de querermos copiar os mocinhos e heroínas das histórias, preferimos reproduzir as ações dos vilões. Inclusive, já vai longe o tempo em que os personagens ruins eram compostos como tal.
Hoje, os personagens de novela, por exemplo, aparecem como fonte de água doce e amarga que não existia.
Tanto é que as massas têm desenvolvido mais empatia por personagens perversos do que pelos mamão-com-açúcar. Isso porque os perversos são dissimulados e são melhores atores do que os bonzinhos.
Quem dá mais espaço ao que há de pior na natureza humana, consegue um grau de hipocrisia e falsidade que impressiona. Enquanto estão olhando para você fazendo caras e bocas, conseguem, no mesmo momento, olhar para o chefe com um sorriso amarelo e se posicionar como a vítima, um verdadeiro cordeiro sendo imolado.
Esse tipo de gente apela para a dissimulação porque sobressai em seu histórico a mentira e a incompetência. No ambiente de trabalho, por exemplo, o ser não fazia nada até você por a mão. Quando seus feitos ficam mais evidentes que o dele ou dela, logo o radar do mal entra em ação e a mente perversa começa a arquitetar toda sorte de impropérios.
Uma tática comum é dizer que o que você fez ou faz não presta. O desdém de suas ações é uma tentativa para te desmoralizar com o chefe, com os colegas de trabalho, com os clientes, com a diretoria da empresa e por aí vai.
Outra tática é ver qual seu ponto fraco. Felizmente todos temos, caso contrário, seríamos Deus. Em cima do seu 'calcanhar de Aquiles' o incompetente faz um verdadeiro circo. Quer te vencer pela canseira. Quer ver se te irrita o suficiente para tirar você de sua trajetória.
O incompetente e mentiroso se apoia nas deficiências de quem se opõe a ele, ao invés de apresentar suas ações e propostas. Resultado: fracassa. Os capazes reconhecem as próprias debilidades, humildemente buscam auxílio e crescem. Resultado: prosperidade para ele e para quem o cerca.
Professores da Unifesp explicam continuação de greve
Se o movimento tem sido vitorioso e encontra apoio social, por que os professores permanecem em greve, e em uma greve bastante forte e coesa, após quase três meses de desgastes e de bombardeios por parte do governo e de setores da imprensa a ele associados? É preciso deixar claro que tal fato decorre, por um lado, do autoritarismo e, até mesmo, da arrogância do governo e, por outro,de seus compromissos com um modelo econômico que não permite os investimentos necessários para que a educação pública federal se expanda, com a garantia de qualidade tanto no que diz respeito às condições de trabalho e ensino, quanto à estrutura da carreira docente.
É evidente que a proposta apresentada possui alguns avanços em relação ao silêncio e às pretensões sub-reptícias anteriores do governo. Ela, contudo, além de não considerar as propostas do ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) exaustivamente discutidas em seus fóruns internos, possui, também, erros, distorções e limites muito grandes que já foram percebidos por minuciosos estudos conduzidos pelo ANDES e por vários docentes das Universidades.
Nesses estudos se demonstra, por meio de gráficos, tabelas e recursos matemáticos que, em alguns pontos da carreira, a situação será no período final do acordo, em 2015, muito pior do que se encontrava antes do início da greve. Tal aberração é uma afronta à racionalidade, pois sugere que alguém se contente em ganhar após uma greve uma condição pior daquela em que se encontrava. Ela só é possível porque o caráter tecnocrático do governo (lembre-se que as negociações têm sido conduzidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG - e não pelo Ministério da Educação - MEC) faz pouco caso da experiência e do conhecimento acumulados pelos docentes das Universidades Federais, que possuem, em seus quadros, profissionais do mais alto valor intelectual e científico.
Nesse sentido, a continuidade da greve pode ser considerada uma atitude socialmente responsável, pois procura, também, impedir que o governo seja incompetente na aplicação de recursos públicos, sempre tão escassos em nossa sociedade.
Se o governo esquecesse um pouco sua arrogância tecnocrática e restabelecesse as negociações (estas que, se levarmos em conta o real significado da palavra, nunca ocorreram, pois o governo nos encontros com as entidades dos professores limitou-se a apresentar os seus planos, não ouvindo contra-argumentações), as incongruências de sua proposta seriam facilmente detectadas e o impasse no qual nos encontramos hoje poderia encontrar perspectivas de superação.
No entanto, não é isto que estamos vendo. O governo quer medir forças, mesmo ao custo de manter em pauta uma proposta política e economicamente irresponsável. Frente a isso só podemos dizer que o nosso compromisso com a Universidade Pública, com a sociedade e com o desenvolvimento brasileiro nos obriga a seguir em frente nesta luta.
Devemos lembrar que as Universidades Públicas já deram demonstrações históricas e irretorquíveis de sua qualidade. São as que obtêm melhores resultados em exames de desempenho e para associações profissionais. São responsáveis por mais de 80% dos mestres e doutores que se formam a cada ano no País. São as que permitem a plena existência de vida acadêmica e a difusão da diversidade de ideias. São as que podem permitir a introdução de formas democráticas de gestão. São, por isso, as que mais acolhem e que menos excluem.
São referenciadas pela sua responsabilidade com o ensino, a pesquisa e a extensão e são, portanto, aquelas que podem, efetivamente, produzir e difundir conhecimentos tecnicamente qualificados e socialmente comprometidos. Por estas razões, continuamos a lutar:
Gestores públicos sazonais
Por si só, essa divisão provoca entraves. Quando o pleito é nos âmbitos estadual e federal, existe uma correria para aprovar projetos, liberar recursos. Leia-se isso como colocar dinheiro na mão de prefeitos –via emendas de deputados estudais e federais– para cair nas graças do eleitorado.
No caso de Campo Limpo, cidade que conheço mais de perto, entre outras obras temos construção de duas creches (recursos federais), recapeamento e calçadas na rua Wilson Steffani –limite com Várzea– (recurso estadual – emenda do deputado Ary Fossen, último em favor da cidade antes de seu falecimento no dia 19 de julho).
Como muita gente ainda não conseguiu a realização de alguns desses sonhos, tem quem se apresente como o Mágico de Oz para a solução de todos.
Entre as funções dos vereadores está a de fiscalizar as ações do prefeito e ainda estar sempre atento às necessidades da população e sugerir soluções aos problemas que vão surgindo.
Tal qual seus candidatos, também têm solução para absolutamente tudo. Sabem como fazer tudo. Nada escapa ao olhar profundo de cada um deles (sic!).
Não precisamos de agentes públicos sazonais, ou seja, que surgem apenas em período eleitoral. Precisamos todos ter consciência da nossa importância para o avanço da comunidade independente de sermos eleitos ou eleitores.
Currículo
Todas as vezes que nós procuramos por um novo emprego a primeira coisa que precisamos elaborar é o nosso currículo. Temos que dizer onde estudamos, quais cursos fizemos, onde trabalhamos. As etapas podem variar de uma empresa para outra, mas via de regra seguem mais ou menos como descrevo a seguir.
Se o responsável pelo processo seletivo manifestar interesse nos dados do currículo, normalmente, vem a etapa da avaliação psicológica que pode ser por testes que chamamos de ‘babaca’ ou dinâmicas de grupo. Se atestarem que não babamos nem rasgamos dinheiro, vem o terceiro momento, a entrevista. Se tiver tudo “ok” até aqui, mandam a gente passar no departamento de recursos humanos para iniciar a parte burocrática.
A essa altura já estamos empregados? Quase. Tem o bendito exame médico. Nessa hora, a coisa pega. Um desvio na coluna que nunca te incomoda, mas o médico atesta, é o suficiente para dizerem que não vão nos contratar.
E daí? Você deve querer saber onde quero chegar com isso. É o seguinte: desde o dia 6 de julho estamos oficialmente em campanha. A partir daquele dia ninguém mais precisava ficar com medo de dizer que era candidato (antes tinha que dizer pré-candidato). A parte burocrática da Justiça Eleitoral deu uma segurada na pressa alheia.
Faltava CNPJ, conta em banco, cheque e uma série de procedimentos bem complicados para este pleito. Acho até engraçado os detalhes que se atentam quando, o Supremo Tribunal Federal disse que candidatos com contas rejeitadas (ficha suja) poderiam se candidatar sem nenhum problema. Pois é.
Voltando ao meu foco. Se para trabalharmos em qualquer empresa precisamos provar e comprovar tanta coisa, o que é de se esperar para quem quer atuar como vereador ou prefeito?
Neste momento, vem uma série de panfletos, jornais, santinhos ou coisa que o valha com relação de mundos e fundos. Como o coitado do papel aceita tudo, não dá para protegê-lo de estampar algumas bobagens. Cheguei a ler no site do TSE, por exemplo, que a meta do prefeitável é reorganizar o trânsito para escoar o “tráfico”.
Compreendo perfeitamente que foi um erro de digitação. Certamente a ideia era falar de tráfego, mas não estamos nos referindo a um texto informal entre amigos, no MSN ou Facebook, falamos de um documento registrado na Justiça Eleitoral.
Pesquisando em rede social, já li candidatos a vereador dizendo que “vai fazer” coisas que são de competência única e exclusiva do poder executivo. Quero acreditar que a pessoa saiba disso, contudo assume um discurso que deixa evidente o despreparo de alguns e algumas que começam a pregar num tom de nova Revolução Francesa.
Isso posto, considerando que precisamos apresentar qualificação prévia para ocuparmos qualquer função dentro de uma empresa desde a menos importante (conforme rótulos alheios) até a considerada mais elevada, acredito que o mínimo a fazer é sermos bastante criteriosos na seleção dos nossos representantes especialmente vereadores.
A maioria de nós chega a um nível de paixão exacerbada no tocante a prefeito. Contudo, se tivermos o prefeito que queremos, mas com vereadores pouco comprometidos, de fato, e não de gogó com as políticas públicas os resultados não são os mais alvissareiros. A função de vereador, que fique bem claro, é fiscalizar.
Saber se o que tem que ser feito está sendo feito. Não é vereador que compra remédio para a farmácia quando falta, mas é ele que vai questionar o prefeito porque faltou e o que está sendo feito para resolver. Ah! Também cabe aos nobres edis dar honra a quem tem honra. Se determinado problema foi resolvido porque ele ou ela mediou, lindo! É correto que se diga, mas não deixe de mencionar quem se mobilizou para a solução. Se assim for, o currículo de cada um estará com edição mais feliz.