Deveríamos ser demitidos

Se o Criador decidisse fazer uma demissão em massa dos seus “funcionários terráqueos” Ele estaria coberto de razão. Nenhum sindicato dos terráqueos teria qualquer direito de reclamar melhores condições de trabalho, aumento de salário ou qualquer outro benefício.
Ainda mais: se o Todo-Poderoso decidisse executar uma ação de despejo dos mais de 6 bilhões de seres humanos que ocupam o planeta, Ele não poderia ser contestado. E não haveria tribunal em qualquer galáxia que anulasse esta “reintegração de posse”.

Apesar de ser o dono de todas as coisas, tendo criado tudo com muito capricho, usando apenas o poder incalculável de sua palavra, o Criador deve olhar para o planeta que Ele entregou ao homem tão “redondinho” e sentir uma certa tristeza ao ver que os seus “inquilinos” conseguiram acabar com sua própria moradia.

Destruir florestas pela extração ou queima, poluir rios, extinguir uma enorme quantidade de animais, contaminar os mares e oceanos com produtos químicos e outras atrocidades, foram atividades que o homem preferiu desempenhar com mais vontade que cumprir com o plano inicial do Supremo Chefe.
Que plano era esse? Segundo o livro de Gênesis, Deus deu ao homem as funções de lavrar e guardar o jardim do Édem (Gênesis 2:15).

Sendo assim, além de ter a função de render louvores ao Criador, vivendo para adorá-lo, em troca de sua boa vida, o homem só teria que trabalhar como segurança e jardineiro. Resultado: não prestou nem pra uma coisa nem pra outra. Usando como justificativa a busca desenfreada por qualquer coisa que não se sabe definir o que é, o homem falhou em suas tarefas.

O que temos hoje é um planeta agonizante que geme e, se pudesse falar, pediria uma trégua com a demissão em massa desse péssimo funcionário que o homem se tornou. Mesmo não podendo falar, o planeta reage. Ciclones, tornados, furacões, terremotos, maremotos, excesso de água num canto, seca absoluta em outro, falta de comida, falta de água potável... E nada disso é “vingança do Patrão”, trata-se apenas de uma farta colheita da abundante semeadura de descaso do homem com sua própria morada.

Apesar do diagnóstico ser sombrio e as perspectivas serem piores ainda, resta alguma esperança. O Criador prometeu novos céus e nova terra, apesar de tudo que temos feito. Não sei como Ele vai fazer, nem quando, também não me interessa. Gostaria apenas de fazer um apelo a que nos tornemos melhores “funcionários de Deus”.

 
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