Comemoremos ao menos o respeito mútuo entre os profissionais
Desde a instituição do Dia Mundial do Trabalhado em 1889 o 1° de Maio justifica uma série de eventos, manifestações, abaixo-assinados, e claro, menos um dia de trabalho e mais um dia de folga para milhares de pessoas. Felizmente, nem todo mundo comemora o dia parando de trabalhar. Se assim fosse, estaríamos perdidos. Como ir visitar o parente ou amigo distante
sem o maquinista do trem ou sem o motorista do ônibus?
Como fazer aquela festa de proporções gigantescas sem o operador de áudio, o carregador de caixa, o arrastador de cabo? Como ter um belo almoço em um bom restaurante se os chefes de cozinha, seus auxiliares e garçons cruzassem os braços alegando ser "Dia do Trabalhador"?
Geralmente, não nos damos conta do quanto dependemos uns dos outros. Falamos tão mal do sistema capitalista em que o empregador explora o empregado e mal percebemos que somos tão exploradores uns dos outros quanto os patrões.
Muitas vezes a exploração vem justificada pelo bordão "tô pagano" da Lady Kate (Zorra Total - Rede Globo). Com essa justificativa do poder econômico, revelamos a nossa verdadeira "cara" de arrogantes, prepotentes, mesquinhos, orgulhosos, egoístas. Mal humorado, eu? Não. Apenas
reconhecendo os muitos defeitos que também, infelizmente, carrego e, não raro, acabo fazendo crescer quer consciente ou inconscientemente. Contudo, nem tudo é lamento nesta questão das relações humanas. Apesar das muitas imperfeições pessoais (e é melhor que eu fale delas do que deixar outros o façam) adotei como regra de vida o fator fé.
Há quem diga que esse recurso da fé é simplista demais e costumam ir mais longe dizendo ser inútil, coisa de gente ignorante ou mesmo apenas para pobres. Mas, qual a relação entre fé e trabalho? A fé que me refiro é de que, apesar de todos os defeitos listados acima, acredito na possibilidade de melhorarmos, crescermos como seres humanos aprendendo a respeitar o
trabalhador ao lado independente da função que ele exerça.
Seja ele o executivo de uma multinacional ou o zelador do meu condomínio todos merecem respeito. Em um mundo que incentiva o individualismo por todos os meios possíveis, somente a fé para dar um mínimo de crença no milagre das relações humanas. Se fosse por fatores como salário, jornada de trabalho, índices de emprego, justiça no trabalho, entre outros, seria mais fácil fazer luto do que festa. Especialmente depois tal crise econômica mundial. Contudo, apelo para a fé e convido outros a fazerem o mesmo, crendo que podemos ao menos nos respeitar. Desta forma, teremos motivos para comemorar ao menos o fato de continuarmos agindo como gente no mundo do trabalho.
Desde a instituição do Dia Mundial do Trabalhado em 1889 o 1° de Maio justifica uma série de eventos, manifestações, abaixo-assinados, e claro, menos um dia de trabalho e mais um dia de folga para milhares de pessoas. Felizmente, nem todo mundo comemora o dia parando de trabalhar. Se assim fosse, estaríamos perdidos. Como ir visitar o parente ou amigo distante
sem o maquinista do trem ou sem o motorista do ônibus?
Como fazer aquela festa de proporções gigantescas sem o operador de áudio, o carregador de caixa, o arrastador de cabo? Como ter um belo almoço em um bom restaurante se os chefes de cozinha, seus auxiliares e garçons cruzassem os braços alegando ser "Dia do Trabalhador"?
Geralmente, não nos damos conta do quanto dependemos uns dos outros. Falamos tão mal do sistema capitalista em que o empregador explora o empregado e mal percebemos que somos tão exploradores uns dos outros quanto os patrões.
Muitas vezes a exploração vem justificada pelo bordão "tô pagano" da Lady Kate (Zorra Total - Rede Globo). Com essa justificativa do poder econômico, revelamos a nossa verdadeira "cara" de arrogantes, prepotentes, mesquinhos, orgulhosos, egoístas. Mal humorado, eu? Não. Apenas
reconhecendo os muitos defeitos que também, infelizmente, carrego e, não raro, acabo fazendo crescer quer consciente ou inconscientemente. Contudo, nem tudo é lamento nesta questão das relações humanas. Apesar das muitas imperfeições pessoais (e é melhor que eu fale delas do que deixar outros o façam) adotei como regra de vida o fator fé.
Há quem diga que esse recurso da fé é simplista demais e costumam ir mais longe dizendo ser inútil, coisa de gente ignorante ou mesmo apenas para pobres. Mas, qual a relação entre fé e trabalho? A fé que me refiro é de que, apesar de todos os defeitos listados acima, acredito na possibilidade de melhorarmos, crescermos como seres humanos aprendendo a respeitar o
trabalhador ao lado independente da função que ele exerça.
Seja ele o executivo de uma multinacional ou o zelador do meu condomínio todos merecem respeito. Em um mundo que incentiva o individualismo por todos os meios possíveis, somente a fé para dar um mínimo de crença no milagre das relações humanas. Se fosse por fatores como salário, jornada de trabalho, índices de emprego, justiça no trabalho, entre outros, seria mais fácil fazer luto do que festa. Especialmente depois tal crise econômica mundial. Contudo, apelo para a fé e convido outros a fazerem o mesmo, crendo que podemos ao menos nos respeitar. Desta forma, teremos motivos para comemorar ao menos o fato de continuarmos agindo como gente no mundo do trabalho.