Miséria democrática
Associações perigosas
Na última semana, a movimentação política em diversas regiões do país deram evidências contundentes da veracidade destes pensamentos.
Vou tomar como exemplo o encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio, Fernando Haddad, pré-candidato a prefeito pelo PT em São Paulo, Rui Falcão, presidente do PT, o 'super' deputado federal Paulo Maluf, presidente do PP, Wadih Mutran, vereador na Capital que era um dos leões de chácara do ex-prefeito Celso Pitta (97 a 2000). Vixi!
Se vivo estivesse, William Shakespeare, provavelmente, conseguiria escrever uma primorosa peça de tragicomédia na qual, nós, o povo seríamos representados por um palhaço. O roteiro da peça poderia ter a deputada Luiza Erundina (PSB) como uma heroína. Isso, porque, em qualquer história quer seja ela contada em livro, cinema, novela ou teatro, os heróis cumprem a função de salvar as vítimas de alguma desventura.
Embora não seja afeito ao espírito esquerdista de Erundina, desta vez, sua opção vai nos privar de ver um circo de horrores. A firmeza com que ela reagiu à associação entre Lula e Maluf na aliança pró-Haddad acende uma luz no fim do túnel de que no meio deste lamaçal ainda existe o mínimo de integridade.
Maluf, com todo seu sofisma, disse que esta aliança é por "amor a São Paulo". Fico sempre impressionado como o romantismo toma conta dos discursos desta ralé. Alguém vai me dizer que ralé sou eu. É verdade. Sou da ralé porque não tenho segurança particular. Sou da ralé, porque moro em casa que não tem sequer garagem, quanto mais jardim como o de Maluf. Sou da ralé porque não posso assistir a um espetáculo teatral por R$ 70 o ingresso mais barato.
O meu status na ralé é fruto única e exclusivamente da falta de recursos financeiros, ou se preferirem, do money, dinheiro, bufunfa, mérreis, cacau, faz-me-rir. Entretanto, não sou da ralé como Maluf e demais aloprados porque sou leal a princípios. Tenho, preservo e propago valores. Sentei com professores para aprender o que é moral e ética. Falando no populacho, tenho vergonha na cara.
Acabo de intuir que a ralé tem categoria. Eu e alguns outros, estamos na categoria da ralé sem dinheiro. Mas há uma ralé abaixo dessa. A que não tem moral e sequer imagina o que seja ética. Por não terem moral, seus integrantes argumentam como verdade toda sorte de falácias.
O apedeuta do Maluf está dizendo, agora, que no governo dele quem tinha medo era bandido e não cidadão. Dito assim, parece mesmo que ele era o melhor. Mas, se tivesse governado de verdade para o bem de todos, o que ele prega ser o melhor estado de segurança pública teria perdurado e não sucumbiria com sua saída.
Contudo, se ele se orgulha do que diz ter feito por segurança, o que pode dizer que fez pela educação? Francamente, focar em segurança e não se preocupar com o que acontece todos os dias nas salas de aula não comprova preocupação com o cidadão, tampouco com o seu futuro.
Quem governa para o bem, tem vistas em um futuro para todos e não para si. Quem governa para todos, abre mão de louvores e honras para colocar as pessoas, e não o amor ao poder, em primeiro lugar. Dito isso, é fácil entender porque Lula, Maluf, Haddad e tantos outros por aí afora se combinam, se aliam, se misturam. Na verdade, são igualmente podres.
Prateleira eleitoral
Há algumas semanas citei o uso e abuso que será iniciado do que denominei como "prateleira da corrupção".
Na prateleira estarão produtos como: benefícios do bolsa família, caminhão de água, cal, cimento, bloco, areia, pedra, caminhão de mudança, remédio, ônibus, cargos públicos, entre outros.
Apesar da evidente amargura com que escrevo isso, ainda tenho uma centelha de esperança que, apesar dos golpes, o tal sistema democrático de direitos está em processo de consolidação.
Meus olhos, reconheço, não verão o que sonho. Devo morrer acreditando, no entanto, que minha semente poderá viver em uma sociedade composta por pessoas que não buscarão favores individualistas e mesquinhos, mas que olharão para o seu contexto e farão escolhas que sejam, de fato, melhor para a coletividade e não para si.
Felizmente, assim como eu, ainda existem outros milhões de arautos e guerreiros que empunham suas armas não para matar, mas para garantir vida, não para suprimir do mais pobre, mas para repartir o que é direito de todos.
Gente que olha horizontalmente e não verticalmente para o próximo. Gente que não tenta passar à frente de ninguém em qualquer que seja a situação. Gente que sempre se coloca no lugar do outro. Gente que trata como quer ser tratado.
Enquanto esse tipo de gente não é maioria, vamos sofrendo juntos os resultados das escolhas de quem compõe a maioria. Como a prateleira eleitoral e toda sua podridão é tão bem frequentada, vemos um noticiário que se movimenta graças às nossas próprias mazelas.
Alguém irá dizer: 'mas que culpa tenho eu?'. Somos culpados quando votamos em quem nem bem sabemos quem é. Somos culpados quando deixamos de votar também. Somos culpados quando nos omitimos. Somos culpados quando nos calamos. Somos culpados quando não temos o menor interesse em saber o que e como nossos 'representantes' estão atuando.
Enquanto uns optam por fugir, outros, os piores agentes sociais possíveis, ocupam os espaços. Estão errados? Não. Eles apenas estão impedindo que as cadeiras fiquem vagas. Isso se chama oportunismo.
Ora, quem se elege às custas destas mesquinharias não está fazendo nada mais do que reproduzir o comportamento daqueles que os elegeram. Embora a democracia sofra seus golpes diários, concluo com a esperança de que o cidadão de verdade tem boa memória e não está à venda.
Homenagem pelo Dia do Pastor - 2º domingo de junho
Por isso, fica o convite para que neste dia do pastor, 2º domingo de Junho, dediquemos aos nossos pastores não meras palavras de elogio, mas, sobretudo, orações de agradecimento ao Senhor pelas suas vidas. O que fazer com os defeitos? Agradeça por eles também, pois mesmo com isso é possível aprender. Afinal, quem é perfeito senão o Senhor. Ou você já está em um estágio que poderia ser arrebatado em uma carruagem de fogo como Elias? Acredito que não. O pastor Izaías Machado da Silva, da Assembleia de Deus - Bom Retiro, de Jundiaí postou no Facebook uma mensagem que reproduzo na íntegra:
Por isso, a todos os pastores e pastoras, quer estejam nas igrejas frequentadas por 1 mil, 3 mil ou 10 mil pessoas, quer apascentem pequenos rebanhos com 10 ou 30 ovelhas. Quer estejam nas metrópoles mais ricas, quer estejam nas aldeias mais distantes. Quer andem em carro de luxo, quer visitem ovelhas a bordo de uma bicicleta. Quer tenham formação pentecostal ou tradicional. Quer estejam na Assembleia de Deus, Presbiterana, Batista, Metodista, Luterana, Quadrangular, Renascer, Mundial ou qualquer outro nome.
Que a vida e família de cada um seja continuamente motivo de honras e glórias ao nome daquele que vos chamou, capacitou e comissionou. A Deus seja a glória.
Efeitos da presença de Jesus
18 anos em Campo Limpo Paulista
Hoje, 1º de junho, comemoro meus 18 anos em terras paulistas. Às 17h30, de 1º de junho de 1994, uma quarta-feira, enquanto o trem da CPTM estacionava na Estação Campo Limpo, e os estudantes do XV desciam o viaduto com o antigo uniforme azul (ainda bem que mudou) eu e meu irmão Abimael descíamos a avenida Adherbal da Costa Moreira a bordo do caminhão de mudança com meia dúzia de cacarecos que trouxemos do interior da Bahia. Ao longo destes 6.575 dias tive muito o que chorar e sorrir, perder e ganhar, entrar e sair.
Em tudo isso, aprendi, cresci, amei, fui amado e, embora não odeie ninguém, tenho muito claro que sou odiado ou, para amenizar, não desejado. Não tem problema. Os inimigos são os grandes agentes de propaganda pessoal. No frigir dos ovos, quem se constitui como rival, seja lá por qual razão for, são perfeitamente ignoráveis e irrelevantes posto que os amigos, colegas, parceiros, aqueles que se dispuseram a rir e chorar junto comigo, estes, sim, fazem diferença e contribuíram para forjar o que sou hoje.
Embora tenha chegado à cidade por causa de uma igreja evangélica em particular em função do pastorado exercido pelos meus pais, Deus me presenteou com o privilégio de ultrapassar os limites de uma única igreja e manter comunhão com pastores e irmãos de muitas outras denominações com os quais pude ser forjado espiritualmente. Hoje, sem medo de ser herege, tenho relacionamento respeitoso com pessoas de diversas religiões, isso, para mim, é um privilégio.
Contribuição social
É bom chegar nesta "maioridade" campo-limpense com a tranquilidade de que não uso sequer uma mão inteira para relacionar os oponentes, mas não teria condições de relacionar todos aqueles que Deus me deu como presente. Ao longo dos anos, a galeria foi crescendo com colegas do curso de Magistério no XV de Outubro, onde estudei em 1994. Também tenho os ex-alunos da Power Byte Informática onde atuei de setembro de 1997 a início de 1999 e depois de novembro de 2000 a fevereiro de 2008.
Sinto-me privilegiado, ainda, por ter a possibilidade de contribuir com a sociedade como servidor público municipal desde março de 2002. Falar a um público muito maior que eu mesmo jamais imaginei através da coluna no Jornal O Pêndulo também é uma honra que eu não havia arquitetado e que já se mantém desde fevereiro de 2006.
Não custa lembrar que, na surdina, quando fui candidato a vereador no pleito de 2000, somei 120 votos! Pouco agora, mas uma soma respeitável para quem só tinha 6 anos de domicílio.
Em 18 anos, vi a sucessão de três prefeitos: José Roberto de Assis (1993 a 1996), Luiz Braz (1997 a 2000 e 2001 a 2004) e Armando Hashimoto (2005 a 2008 e 2009 até a presente data). Vi a mudança do legislativo de 15 para dez cadeiras. Vi a cidade mudar de cara e, mais importante, vi e vivi uma cidade que já deixa longe o passado sanguinário com o assassinato de dois prefeitos: Adherbal da Costa Moreira e Mitiharu Tanaka. Hoje, atuo em uma Campo Limpo Paulista progressista, guerreira, sonhadora e, mais importante, realizadora. Bem pode ser que não esteja na velocidade que eu quero, mas está no ritmo que eu preciso.
Aqui, conquistei minha primeira graduação como Jornalista pela Faculdade Campo Limpo Paulista. Foi relativamente tardia, considerando a tenra idade dos meus colegas. Mas tenho certeza que veio no momento certo, tanto pelo que eu já tinha desenvolvido como ser humano, quanto pelos colegas com os quais pude concluir a jornada.
Recordo-me que quando meus pais anunciaram a mudança para a cidade, fui procurar por ela no mapa geo-político. Adivinha? Não encontrei! Mas hoje, a realidade é outra. Vi a cidade ser inserida no mapa, nem que seja no Google! E sei que estou numa cidade que com apenas 47 anos já deu saltos muito maiores que outras tantas mais velhas ou com a mesma idade. Sem dúvida, esta participação na gestão pública contribuiu para que minha verve política ganhasse forma, tomasse corpo e esteja cada vez mais consolidada.
Família
Aqui por esse chão vi nascer quatro dos cinco sobrinhos. Só um nasceu em Ilhéus/BA, Abner, o primeiro e a quem tive a honra de atribuir o nome no dia 21 de maio de 2004. Mas em agosto do mesmo ano, com apenas três meses fui buscá-lo no "entroncamento do mundo" que conhecemos como Tietê. Pois é. Acho que já posso usar a máxima: "estou ficando velho".
Risco a correr
É, mesmo eu estou surpreso por fazer esse flash-back. Estou só com a ponta do iceberg e já "escrevinhei" tanto! Como não consigo elencar aqui as centenas de pessoas que contribuíram para forjar o que sou hoje, vou citar alguns apenas a título de representatividade. Faço-o assumindo o risco de receber alguma reclamação por não citar alguém, mas é uma opção retórica e representativa.
Para agradecer aos funcionários da Prefeitura, elenco meus pares Patrícia Iglesias Bürger, Ândrea Busch, Soraya Bistene, Viviane Rodrigues, Alexandre Caldeira Duarte, Jean Carlo Cunha, Amanda Sousa, Glaucia Bernardo e Conrado Guin. Em nome deles, com quem convivo muito diretamente, agradeço aos que dispensam algum carinho, desde faxineiros a professores, diretores de escola, diretores de departamentos, coordenadores e secretários. Agradeço, também, até àqueles que me pintam como um terror (eu sou mesmo) e, por isso, me evitam.
Pela Power Byte cito Arlen Wander Inácio e Willian Roger Milani Silva. No meio jornalístico fica minha citação a Odimar de Oliveira e Marli Rubin de Oliveira com quem já tive "paus fechados" quando trabalhei como diagramador do Jornal Folha da Cidade, atual Jornal da Cidade. Contudo, em todo barraco há sempre um saldo de aprendizado. Ainda pelo meio jornalístico preciso mencionar o ex-editor do Pêndulo, José Maurício dos Santos e os proprietários Maria Helena e Nilceu Garbin.
Cabe menção carinhosa também à equipe da Gráfica ArtGraf para quem pude prestar serviços durante o ano de 2005. Uma experiência enriquecedora que agradeço na pessoa de Izaías Cavallari.
No meio eclesiástico apelo para a figura do pastor Waldemir Campos Rocha, da Assembleia de Deus - Ministério Perus, ex-presidentes do Conselho de Pastores que, embora não esteja atuando em Campo Limpo Paulista é uma figura que em muito contribuiu para me forjar como cristão. Recorro, ainda, a pastores e líderes como Sebastiana e Elias, da Igreja Liberdade Cristã, pastor Joilson Pinho, da Vida Abundante, pastor Celso Fernandes, que era da Primeira Igreja Batista, pastor Wilson Caetano, da Sopro Divino, Adão Augusto, da Chamas Para Deus, Antonio Pinto, da Igreja de Deus, André Carelli, da Bíblica da Fé, Edson Vieira, da Bálsamo de Gileade e, finalmente, ao pastor Gildo Martin, da Quadrangular. Em nome deles agradeço a todos os demais que não consigo citar aqui.
Bem, a essa altura do campeonato, num exercício bem narcisista, digo "parabéns" a mim mesmo e "obrigado" a todos que Deus me deu como presente e, claro, "muito obrigado" ao Supremo Senhor por me dar a certeza que está no controle de tudo inclusive da minha modesta vida.