Despedida na Primeira Igreja Batista

Celso e família receberam o carinho de todas as gerações da igreja

A Primeira Igreja Batista de Campo Limpo Paulista viveu um mix de emoções no último dia 20. Além de chegarem ao culto satisfeitos com a boa performance da seleção brasileira na Copa 2010, aquela noite entraria para a história da igreja pelo seu caráter de despedida.
Depois de nove anos tendo como pastor titular o talentoso e abençoado Celso Eronides, a igreja despediu-se de seu líder e de sua família em uma noite memorável. A partir do dia 26, o jovem pastor assume a liderança da Primeira Igreja Batista de Suzano.

A mudança foi em clima de perfeita paz e harmonia. Tanto que, como já é tradição entre os batistas, os membros da igreja de Campo Limpo realizaram, no sábado, dia 19, um culto especial que representa a entrega do líder da igreja que se despede para a que o recebe.
Mesmo não perdendo o foco de estarem reunidos para promover um culto em louvor e adoração a Deus, os membros tiveram participações emocionantes com o envolvimento de todas as gerações.

Das crianças aos anciãos, todos aproveitaram para recordar os cânticos que fazem parte do repertório preferido do pastor Celso, recitar poesia e dar presentes. Com um espírito de gratidão, a igreja reviveu os nove anos de trabalho. As lágrimas foram inevitáveis. Ainda que resistindo e brincando com o argumento de que "homem não chora", Celso e a igreja foram vencidos pela emoção.
As insistentes lágrimas traduziram a convicção de que, a partir daquela data, não o teriam mais como pastor. Mas, representavam também a gratidão a Deus pela convicção de que a mudança não é uma perda para a igreja local, mas um ganho para o reino de Cristo.

Em sua última pregação como pastor titular da igreja campo-limpense, Celso optou por fazer uma reflexão livre, isto é, sem os rigores de um sermão. Em sua abordagem, agradeceu o carinho ele e toda sua família recebeu. Eronides também ressaltou a nobreza na postura dos membros da igreja que sempre procuraram atuar em comum acordo. "Vocês não viveram brigando e, portanto, foi fácil pastoreá-los", afirmou.
Celso falou, ainda, sobre a brevidade da vida. Lembrou que chegar à marca dos 40 anos não foi um fato 100% assimilado e brincou dizendo que sente-se com 18 anos.

Inspirado no Salmo 90:12: "Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios", ele falou sobre a necessidade de sabedoria para o curso da vida e concluiu que o amor é um segredo para viver sabiamente.
Recordando o verso popular que afirma: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", ele deixou clara sua  motivação de manter viva as amizades da etapa que se encerra e de que o amor será o tônico da etapa que se inicia.

Saudável dependência

Depender de alguém ou de alguma coisa, em geral, é uma situação que provoca asco. Ao longo da vida, somos estimulados a buscar, a qualquer preço, a independência. Não queremos depender do pai, da mãe, do cônjuge, do filho, do irmão, do amigo, do colega de trabalho, do patrão ou de quem quer que seja.

É legítimo desejarmos "não dar trabalho" às pessoas que nos cercam. Também é inteligente não ser um tipo de sanguessuga que se aproveita da boa vontade de algum desavisado para ter uma boa vida, não planejar o futuro e manter-se deitado em berço esplêndido.
Podemos e devemos ser independentes para pagar nossas contas. A independência que permite ir à luta e colocar o pão na mesa, vestir, calçar, morar, se divertir, viajar, enfim, esta autonomia para bancar as próprias despesas, chega a ser fator de saúde emocional e equilíbrio social.

Muitas pessoas ficam depressivas por não conseguir dar aos filhos o que gostariam. Sociedades inteiras podem entrar em colapso se o dinheiro começa a virar coisa rara ou se desvaloriza. Gritamos, e alto, quando a nossa independência financeira fica ameaçada.
No entanto, no frigir dos ovos, a nossa relação de dependência uns dos outros vai além do que conseguimos mensurar. Podemos até dar um grito de liberdade no tocante às coisas materiais, mas o Criador elaborou um sistema de relações do qual não podemos fugir.

É loucura tentar viver numa redoma de vidro, sem contato com o próximo. Por mais que os céticos e egoístas odeiem admitir, precisamos uns dos outros.
Sempre precisamos de alguém que seja um suporte capaz de impedir a queda fatal, em função de um tropeço na jornada da vida. Se a queda foi inevitável, se já estamos no fundo do poço, invariavelmente, vamos precisar de alguém que nos estenda a mão ou lance a corda para nos tirar de lá.

Se cairmos irremediavelmente enfermos, vamos precisar de médicos, enfermeiros profissionais ou, pelo menos, aqueles 'anjos da guarda' que mesmo leigos sabem tratar do corpo e, de quebra, refrigeram a alma.
Quando Deus criou esse sistema de relações tão complexo, acredito que este foi o método que Ele encontrou para se revelar pouco a pouco a quem projetou como sua "imagem e semelhança". Além disso, acredito que o Criador pretende comunicar que, assim como dependemos uns dos outros, não podemos esquecer, sob circunstância alguma, que dependemos dEle.

Erramos loucamente quando nos determinamos a sermos auto-suficientes e não buscamos em Deus a sabedoria, capacidade, forças, graça para vencer cada obstáculo da vida. Não importa a fúria do vendaval, não importa o tamanho das ondas sobre o frágil barco da existência. Se não descartamos a possibilidade de depender do Todo-Poderoso, estamos com a estratégia certa para vencer. Se depender do próximo é inevitável, admitir a dependência de Deus é um dos segredos de uma vida feliz.

Prazer em sofrer

Antes de ir esperar o ônibus vale a pena consultar os horários

O que tenho a dizer hoje, ao contrário do que possa parecer, vem da própria experiência. Admito que em certa medida,  talvez em dose cavalar, agi com desinteligência em relação a alguns assuntos. Um dos atos de desinteligência que mais me martirizam sempre que lembro é quando inventava de ir esperar a Mercedes Bens coletiva, com motorista particular que, como coração de mãe, sempre cabe mais um.

Entendo que se a pessoa precisa muito, não aguenta sair a pé para sair, por exemplo, do jardim Marsola para vir até ao Centro de Campo Limpo, ele deve mesmo usar o transporte público coletivo.
Mas tem gente saudável que bem podia percorrer a mesma distância a pé e, no entanto, mesmo reclamando, xingando de Deus ao diabo, dizendo que a passagem é um absurdo, 'onde já se viu?', etc continua pagando para percorrer, no busão, uma distância de cinco pontos.

Ora, se me disponho a pagar R$ 2,65 por uma distância que posso fazer a pé, sou eu quem tenho dinheiro para jogar fora. Não tenho o direito de me fazer de vítima e ficar dizendo: 'oh, como sofro!'.
Contudo, parece que esse discurso é uma forma de sofrimento que dá prazer. Funciona como massagem do ego. O papel de sofredor, esquecido, abandonado é interpretado em larga escala.

Honestamente? Isso é balela. Ninguém é coitado. Todo mundo pode mais do que realmente faz, mas é preferível alegar fraqueza a ter que usar o mínimo de força que se tem.
Voltando a falar do ato de desinteligência... já tive vontade de bater, chicotear, esmurrar, não aos donos de empresa de ônibus, motoristas ou fiscais de transporte público, mas a mim mesmo pelas vezes que fui ao ponto de ônibus em pleno sábado, no fim da tarde, ou no domingo, em qualquer horário,  sem saber que hora passaria o latão.

Não sou defensor dos donos de empresa de ônibus, eles devem mesmo ser cobrados para colocar carros novos, limpos e conservados para a população e atender a demanda com quantidade de horários de acordo com cada região da cidade.
Mas, é falta de inteligência minha, muita preguiça e muito, mas muito prazer em sofrer, quando simplesmente não consulto o horário de ônibus da linha utilizo antes de ir para o ponto.

Com as facilidades de hoje, além do velho papel e caneta que custam baratinho para anotar os horários no mural da empresa, inventaram a Internet que com um único clique posso ter a tabela inteira com todos os horários! Óóóó!!! Antes da net, já existia o telefone, que ainda serve para ligar e fazer a perguntinha básica: "Que horas tem o próximo ônibus?".
Se não faço isso, mereço mesmo ficar 15, 30, 45 minutos, 1 hora esperando pelo latão. Se tenho vergonha na cara, primeiro, busco informação, depois vou usar o serviço, e, se a empresa não cumpre, aí posso me armar de unhas e dentes para reclamar. Se fizer isso, além de me ajudar, posso beneficiar os outros cidadãos a usufruírem seus direitos.

 
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