Carrascos de Cristo

A cruz está vazia, no entanto, muitos querem pôr Jesus de volta
Neste final de semana, o mundo cristão celebra a Páscoa. Excluindo-se os arroubos consumistas com ovos e afins, o momento é oportuno para refletir sobre o sacrifício expiatório de Cristo. Isto é, para o seguidor de Cristo que se preza, é uma boa oportunidade de interiorizar-se, olhar para nós mesmos, ver o quanto somos pequenos e fracos diante da grandiosidade e poder do Criador e, na menor das possibilidades, nos desmancharmos em gratidão pelo fato do próprio Deus ter se feito carne, habitar entre os homens e dar a própria vida em resgate de muitos.

Honestamente? Se tivéssemos um pouco mais de vergonha na cara, não teríamos um "muito obrigado, Deus" apenas na Páscoa. Gratidão deveria ser nossa palavra de ordem. Ao invés disso, que mais fazemos? Praguejamos, blasfemamos, ofendemos uns aos outros, desenvolvemos sentimentos mesquinhos de inveja, orgulho, arrogância e tantas outras mazelas.

Nossas escolhas no dia-a-dia são similares aos açoites que Cristo suportou quando estava sendo massacrado pelos soldados romanos. Não carregamos chicotes, pregos, caniços ou coroa de espinhos para torturar ao Filho de Deus, mas quando nos deixamos dominar por todos os sentimentos que Ele mesmo recomendou que nos livrássemos, nos tornamos seus carrascos outra vez.

Cada ofensa a um irmão, cada vez que escolhemos a hipocrisia à sinceridade, a mentira à verdade, o ódio ao amor, a ostentação à simplicidade, a corrupção à ética, a traição à fidelidade, a omissão à prontidão em servir, cada uma dessas escolhas equivalem a torturar e crucificar a Cristo de novo. É como se fosse possível dar golpes e mais golpes no Filho de Deus.

O profeta Isaías descreveu com riqueza de detalhes o momento da condenação, crucificação e morte de Jesus. Ele profetizou, por exemplo, que Jesus seria contado entre malfeitores e, mesmo condenado injustamente, pediria ao Pai em favor dos seus algozes: "Foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu" (Isaías 53:12).

Nesta Páscoa, que analisemos quão cruéis temos sido quando deliberadamente optamos por maltratar o nosso próximo, seja por gestos ou palavras. O profeta Isaías disse que Cristo levou sobre si as doenças e pecados da humanidade: "Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu" (Isaías 53:5 - Linguagem de Hoje).

Se Ele tanto fez por nós, que podemos fazer por Ele? Embora, não precise de nenhum favor das suas criaturas, Sua grande alegria é nos ver ao menos tentando viver como Ele pregou, ou seja, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

1 comentários:

Unknown disse...

Fico preoculpado, pois eu mesmo ja o quiz pregar tantas vezes com minhas atitudes de insegurança com relação a suas promessas.
Ainda bem que suas musericordias sao a unica causa de nao sermos consumidos,,

grande abraço

willians rodrigues

 
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