A passagem do tempo é implacável e igualitária. O processo de envelhecimento começa já no primeiro choro. Ainda antes de conseguirmos discernir o rosto das pessoas o tempo já está agindo, ou seja, já estamos envelhecendo.
Até chegarmos o momento em que se rompa o fio de prata e nós passemos para o outro lado, o corpo é o grande 'relógio'. Em geral, ele só passa a preocupar quando surgem os primeiros pés de algumas aves.
É engraçado como sempre temos algum jargão para dizer que o tempo voa. Estamos sempre ansiando pelo avanço dos anos, quando eles chegam, queremos que inventem a máquina do tempo para voltar alguns anos e dizer: "Ah meus 18 anos!".
Em geral, quando perguntam a idade e a pessoa responde que tem 15, 16, vem sempre a réplica ameaçadora: "Você vai ver quando chegar os 20!". Dão até o sorriso sarcástico como quem diz: "Você vai ficar velho!".
Parece um ensaio para o grande número, um dos mais temidos, cheio de lendas e fábulas: os 40! Para amenizar, algumas mulheres defendem que é a "idade das lobas". Ainda não consegui entender o porquê das lobas, mas um dia, quem sabe, alguém me explica. Os homens não têm nenhum bicho para metaforizar, mas não vem ao caso.
Felizmente, em Campo Limpo Paulista, há 57 km de São Paulo, tem pessoas especiais que celebram os frutos do tempo no espírito, muito mais que preocuparem-se com suas ações no corpo. São os integrantes do Grupo Conviver da Melhor Idade. Pessoas acima de 55 anos, muitos com mais de 70, quase 90, que dão show de vida e disposição. Na semana passada, 80 deles foram participar dos jogos da terceira idade em Pirassununga. Cito este grupo por conhecê-los mais de perto. Contudo, destaco que os jogos reuniram idosos de 57 cidades! Sem dúvida um número expressivo de participantes.
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