Estratégias de mentiroso e incompetente

Acredito, piamente, que o Todo-Poderoso nos fez, de fato. Como narram as Escrituras Ele pessoalmente decidiu por a mão na massa na hora de fazer o ser humano, Sua imagem e semelhança.

Entretanto, o mesmo livro que registra momento tão poético do próprio Deus amassando barro para compor o homem e sopra nele o fôlego da vida, também conta o momento da decadência humana.

Quando, por um jogo de palavras de quem havia se constituído inimigo do Criador, Eva comeu do fruto e compartilhou com Adão. Desde então, a ser humano passou a conviver entre uma parte de si que deseja e faz o bem e outra que se alimenta do mal.

A que quer o bem, dá espaço para "amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade,  humildade e o domínio próprio", conforme escreveu o apóstolo Paulo aos cristãos da Galácia.


A outra parte, que se alimenta do mal, encontra sua realização com  "imoralidade, impureza, ações indecentes, adoração de ídolos, feitiçarias, inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, divisões,  invejas, bebedeiras, farras e outras coisas parecidas com essas".

Enquanto travamos esta guerra interior sem trégua entre luz e trevas, bem e mal, vamos construindo ou desconstruindo as nossas relações. Do nascimento à morte precisamos de pessoas ainda que não queiramos reconhecer.


As relações começam com a família, vizinhos, igreja, amplia para a escola, clube, trabalho e por aí vai. O êxito de cada relacionamento depende, sobretudo, do grau de verdade nas nossas palavras e ações. Se somos mentirosos, logo perdemos confiança e, pouco a pouco, ficamos isolados.

A sociedade dos homens seria, de fato, saudável e cumpriria plenamente os propósitos do Criador se cultivássemos apenas as virtudes. Entretanto, as coisas do mal instigam astúcia, aguçam o lado em nós que parece mais forte e, ao invés de querermos copiar os mocinhos e heroínas das histórias, preferimos  reproduzir as ações dos vilões. Inclusive, já vai longe o tempo em que os personagens ruins eram compostos como tal.

Hoje, os personagens de novela, por exemplo, aparecem como fonte de água doce e amarga que não existia.

Tanto é que as massas têm desenvolvido mais empatia por personagens perversos do que pelos mamão-com-açúcar. Isso porque os perversos são dissimulados e são melhores atores do que os bonzinhos.

Quem dá mais espaço ao que há de pior na natureza humana, consegue um grau de hipocrisia e falsidade que impressiona. Enquanto estão olhando para você fazendo caras e bocas, conseguem, no mesmo momento, olhar para o chefe com um sorriso amarelo e se posicionar como a vítima, um verdadeiro cordeiro sendo imolado.


Esse tipo de gente apela para a dissimulação porque sobressai em seu histórico a mentira e a incompetência. No ambiente de trabalho, por exemplo, o ser não fazia nada até você por a mão. Quando seus feitos ficam mais evidentes que o dele ou dela, logo o radar do mal entra em ação e a mente perversa começa a arquitetar toda sorte de impropérios.

Uma tática comum é dizer que o que você fez ou faz não presta. O desdém de suas ações é uma tentativa para te  desmoralizar com o chefe, com os colegas de trabalho, com os clientes, com a diretoria da empresa e por aí vai.


Outra tática é ver qual seu ponto fraco. Felizmente todos temos, caso contrário, seríamos Deus. Em cima do seu 'calcanhar de Aquiles' o incompetente faz um verdadeiro circo. Quer te vencer pela canseira. Quer ver se te irrita o suficiente para tirar você de sua trajetória.


O incompetente e mentiroso se apoia nas deficiências de quem se opõe a ele, ao invés de apresentar suas ações e propostas. Resultado: fracassa. Os capazes reconhecem as próprias debilidades, humildemente buscam auxílio e crescem. Resultado: prosperidade para ele e para quem o cerca.

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