A gratidão é professora por excelência

Depois de percorrer algumas ruas de Santos, cidade que  materializa muito da história do Estado de São Paulo e do País, ao lado de uma animada turma de jovens da Igreja Assembleia de Deus no bairro Jardim do Lago - Jundiaí, tive o que costumamos chamar como insight sobre gratidão e memória.
A associação das duas palavras surgiu na volta da excursão enquanto aguardávamos por um lanche especial preparado pelos pais de uma das integrantes da excursão. Durante a espera, começamos a cantar e ouvir alguns depoimentos e manifestações de carinho e amizade por parte dos membros do grupo.

A palavra chave dos pronunciamentos era gratidão. Para expressá-la valiam-se do velho e bom "muito obrigado" a Deus e aos homens. Os agradecimentos eram justificados pela  boa e saudável memória pessoal e coletiva.
Aquelas expressões de gratidão inspiraram-me a refletir sobre o quão importante e saudável é tornar esta prática um hábito. O "muito obrigado" ou o uso de qualquer outra expressão que represente a gratidão pela palavra falada ou escrita nunca caiu de moda.

Ela é conveniente em qualquer situação e para qualquer indivíduo. Quer seja por um simples copo d'água ou por uma cobertura no litoral, o agradecimento é lubrificante e alimento de qualquer relação humana.
Ricos e pobres, negros e brancos, analfabetos e doutores, velhos e crianças, todos devem crescer com esta habilidade de agradecer devidamente aprimorada.

Ser agradecido é tão importante que nas Escrituras Sagradas isso tem status de mandamento: "Sede agradecidos" (Colossenses 3:15). Em outra carta, o apóstolo Paulo escreveu: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." (I Tessalonicenses 5:18).
Além de melhorar, e muito, a convivência entre os seres humanos no mundo exterior, a gratidão provoca mudanças profundas no mundo interior de cada indivíduo.

A gratidão traz cura, abre a visão, injeta ânimo, renova forças, amplia a criatividade, aumenta a coragem, faz crescer a confiança, ajuda a encarar o passado com mais inteligência e melhora as perspectivas de futuro.
Pela gratidão é possível aprendermos a olhar uns para os outros e ressaltarmos mais as virtudes do que enfocar os defeitos. Isso ocorre porque, devemos olhar para fora depois de olhar para dentro.

Se temos boa memória, lembramos que o reflexo no espelho da alma revela mazelas que fariam corar até bochecha de sapo. Contudo,  mesmo com tantas falhas há quem nos acolha, cuide, queira bem  e, quem diria, até ame. Por sermos aceitos e amados, a gratidão deve nos fazer, no mínimo, retribuir com a mesma medida às pessoas que nos cercam.
A gratidão nos torna alunos de conceito 'A' na escola da vida. Isso porque, a nossa memória nos permite reviver momentos e revisitar muitos lugares sem mover um passo. As lembranças tanto podem nos fazer saltar de alegria quanto nos lançar no fundo do poço. Tudo depende se reagimos com gratidão ou com ingratidão a cada lembrança.

Caso não tenhamos a gratidão como regra de vida, ao recordamos momentos dolorosos como, por exemplo, quando alguém nos traiu, podemos amarrar o defunto da traição ao próprio corpo e reviver o sofrimento com seu mal cheiroso fardo.
Ao passo que, se formos agradecidos, a mesma recordação vai arrancar de nós um largo sorriso por termos saído fortalecidos e mais maduros daquela situação. Isso, sem a necessidade de fazer da amargura uma companheira e sem nos fecharmos para novas e profícuas amizades. Sejamos pois, alunos da gratidão.

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