18 anos em Campo Limpo Paulista

Hoje, 1º de junho, comemoro meus 18 anos em terras paulistas. Às 17h30, de 1º de junho de 1994, uma quarta-feira, enquanto o trem da CPTM estacionava na Estação Campo Limpo, e os estudantes do XV desciam o viaduto com o antigo uniforme azul (ainda bem que mudou) eu e meu irmão Abimael descíamos a avenida Adherbal da Costa Moreira a bordo do caminhão de mudança com meia dúzia de cacarecos que trouxemos do interior da Bahia. Ao longo destes 6.575 dias tive muito o que chorar e sorrir, perder e ganhar, entrar e sair.

 

Em tudo isso, aprendi, cresci, amei, fui amado e, embora não odeie ninguém, tenho muito claro que sou odiado ou, para amenizar, não desejado. Não tem problema. Os inimigos são os grandes agentes de propaganda pessoal. No frigir dos ovos, quem se constitui como rival, seja lá por qual razão for, são perfeitamente ignoráveis e irrelevantes posto que os amigos, colegas, parceiros, aqueles que se dispuseram a rir e chorar junto comigo, estes, sim, fazem diferença e contribuíram para forjar o que sou hoje.

 

Embora tenha chegado à cidade por causa de uma igreja evangélica em particular em função do pastorado exercido pelos meus pais, Deus me presenteou com o privilégio de ultrapassar os limites de uma única igreja e manter comunhão com pastores e irmãos de muitas outras denominações com os quais pude ser forjado espiritualmente. Hoje, sem medo de ser herege, tenho relacionamento respeitoso com pessoas de diversas religiões, isso, para mim, é um privilégio.

 

Contribuição social

É bom chegar nesta "maioridade" campo-limpense com a tranquilidade de que não uso sequer uma mão inteira para relacionar os oponentes, mas não teria condições de relacionar todos aqueles que Deus me deu como presente. Ao longo dos anos, a galeria foi crescendo com colegas do curso de Magistério no XV de Outubro, onde estudei em 1994. Também tenho os ex-alunos da Power Byte Informática onde atuei de setembro de 1997 a início de 1999 e depois de novembro de 2000 a fevereiro de 2008.

 

Sinto-me privilegiado, ainda, por ter a possibilidade de contribuir com a sociedade como servidor público municipal desde março de 2002. Falar a um público muito maior que eu mesmo jamais imaginei através da coluna no Jornal O Pêndulo também é uma honra que eu não havia arquitetado e que já se mantém desde fevereiro de 2006.

Não custa lembrar que, na surdina, quando fui candidato a vereador no pleito de 2000, somei 120 votos! Pouco agora, mas uma soma respeitável para quem só tinha 6 anos de domicílio.

 

Em 18 anos, vi a sucessão de três prefeitos: José Roberto de Assis (1993 a 1996), Luiz Braz (1997 a 2000 e 2001 a 2004) e Armando Hashimoto (2005 a 2008 e 2009 até a presente data). Vi a mudança do legislativo de 15 para dez cadeiras. Vi a cidade mudar de cara e, mais importante, vi e vivi uma cidade que já deixa longe o passado sanguinário com o assassinato de dois prefeitos: Adherbal da Costa Moreira e Mitiharu Tanaka. Hoje, atuo em uma Campo Limpo Paulista progressista, guerreira, sonhadora e, mais importante, realizadora. Bem pode ser que não esteja na velocidade que eu quero, mas está no ritmo que eu preciso.

 

Aqui, conquistei minha primeira graduação como Jornalista pela Faculdade Campo Limpo Paulista. Foi relativamente tardia, considerando a tenra idade dos meus colegas. Mas tenho certeza que veio no momento certo, tanto pelo que eu já tinha desenvolvido como ser humano, quanto pelos colegas com os quais pude concluir a jornada.

 

Recordo-me que quando meus pais anunciaram a mudança para a cidade, fui procurar por ela no mapa geo-político. Adivinha? Não encontrei! Mas hoje, a realidade é outra. Vi a cidade ser inserida no mapa, nem que seja no Google! E sei que estou numa cidade que com apenas 47 anos já deu saltos muito maiores que outras tantas mais velhas ou com a mesma idade. Sem dúvida, esta participação na gestão pública contribuiu para que minha verve política ganhasse forma, tomasse corpo e esteja cada vez mais consolidada.

 

Família

Aqui por esse chão vi nascer quatro dos cinco sobrinhos. Só um nasceu em Ilhéus/BA, Abner, o primeiro e a quem tive a honra de atribuir o nome no dia 21 de maio de 2004. Mas em agosto do mesmo ano, com apenas três meses fui buscá-lo no "entroncamento do mundo" que conhecemos como Tietê. Pois é. Acho que já posso usar a máxima: "estou ficando velho".

 

Risco a correr

É, mesmo eu estou surpreso por fazer esse flash-back. Estou só com a ponta do iceberg e já "escrevinhei" tanto! Como não consigo elencar aqui as centenas de pessoas que contribuíram para forjar o que sou hoje, vou citar alguns apenas a título de representatividade. Faço-o assumindo o risco de receber alguma reclamação por não citar alguém, mas é uma opção retórica e representativa.

 

Para agradecer aos funcionários da Prefeitura, elenco meus pares Patrícia Iglesias Bürger, Ândrea Busch, Soraya Bistene, Viviane Rodrigues, Alexandre Caldeira Duarte, Jean Carlo Cunha, Amanda Sousa, Glaucia Bernardo e Conrado Guin. Em nome deles, com quem convivo muito diretamente, agradeço aos que dispensam algum carinho, desde faxineiros a professores, diretores de escola, diretores de departamentos, coordenadores e secretários. Agradeço, também, até àqueles que me pintam como um terror (eu sou mesmo) e, por isso, me evitam.

 

Pela Power Byte cito Arlen Wander Inácio e Willian Roger Milani Silva. No meio jornalístico fica minha citação a Odimar de Oliveira e Marli Rubin de Oliveira com quem já tive "paus fechados" quando trabalhei como diagramador do Jornal Folha da Cidade, atual Jornal da Cidade. Contudo, em todo barraco há sempre um saldo de aprendizado. Ainda pelo meio jornalístico preciso mencionar o ex-editor do Pêndulo, José Maurício dos Santos e os proprietários Maria Helena e Nilceu Garbin.

 

Cabe menção carinhosa também à equipe da Gráfica ArtGraf para quem pude prestar serviços durante o ano de 2005. Uma experiência enriquecedora que agradeço na pessoa de Izaías Cavallari.

 

No meio eclesiástico apelo para a figura do pastor Waldemir Campos Rocha, da Assembleia de Deus - Ministério Perus, ex-presidentes do Conselho de Pastores que, embora não esteja atuando em Campo Limpo Paulista é uma figura que em muito contribuiu para me forjar como cristão. Recorro, ainda, a pastores e líderes como Sebastiana e Elias, da Igreja Liberdade Cristã, pastor Joilson Pinho, da Vida Abundante, pastor Celso Fernandes, que era da Primeira Igreja Batista, pastor Wilson Caetano, da Sopro Divino, Adão Augusto, da Chamas Para Deus, Antonio Pinto, da Igreja de Deus, André Carelli, da Bíblica da Fé, Edson Vieira, da Bálsamo de Gileade e, finalmente, ao pastor Gildo Martin, da Quadrangular. Em nome deles agradeço a todos os demais que não consigo citar aqui.

 

Bem, a essa altura do campeonato, num exercício bem narcisista, digo "parabéns" a mim mesmo e "obrigado" a todos que Deus me deu como presente e, claro, "muito obrigado" ao Supremo Senhor por me dar a certeza que está no controle de tudo inclusive da minha modesta vida.

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