Deus prova o Seu amor

O apóstolo Paulo em sua maior carta direcionada aos cristãos na cidade de Roma escreveu algo interessante: "Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rom. 5:8).
Entre tantas outras colocações do apóstolo essa chama a minha atenção de forma especial pois ele usa a expressão "prova o seu amor". Pensando friamente, questiono:  Deus, Criador de todas as coisas, teria necessidade de provar alguma coisa? Evidentemente que não. Ele não deixaria de ser o Todo-Poderoso caso desistisse de enviar o Messias para morrer no lugar do homem levando seus pecados.

Entretanto, vem dele o exemplo máximo a nós –feitos à sua imagem e semelhança– para aprendermos que, se dizemos amar, não podemos fazê-lo apenas por palavras.  João, conhecido como apóstolo do amor, muitos anos depois da carta aos romanos, escreveu: "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade". (I João 3:18)

As Escrituras têm abundância de textos que falam sobre a importância do amor exercitado. Jesus afirmou que ninguém teria maior amor que Ele de dar a própria vida pelos seus amigos (João 15:13).
Graças à expiação de Cristo não precisamos nos flagelar, mutilar ou morrer no lugar de ninguém, pois ele fez isso em nosso lugar.

Mas, podemos sempre agir em favor de quem dizemos amar. Essa ação vai desde não se negar a prestar socorro num momento de necessidade até usar a fé que dizemos ter e orar em favor de quem dizemos amar.
Ainda dando mais exemplo, se digo que amo meus pais, ajo de tal forma a expressar esse amor pela obediência, pelo respeito, pelo cuidado que a eles vou dispensar por toda minha vida.

Ações como essa são provas de amor. Na maioria das vezes não será vista, mas será percebida pela pessoa amada e, pouco a pouco, nos aproximamos do Criador e assimilamos uma máxima das Escrituras: "Deus é amor". Todo o processo da encarnação de Jesus, nascimento num estábulo, sua vida como homem do povo, sua vivência na cidade remota de Nazaré, sua profissão de carpinteiro e a realização de um ministério em que dizia abertamente ter vindo em favor dos doentes, das ovelhas perdidas, são opções que enfatizam o amor praticado, exercitado e semeado em larga escala.

A intensidade de vivência desse amor credenciou Jesus a dizer para os seus discípulos nas últimas horas antes de seu julgamento e crucificação: "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.". (João 15:12). Difícil? Não vou lhe dizer que seja fácil, mas é possível.

Somente o amor vence preconceitos

Dia 20 de novembro se tornou feriado municipal na Capital do Estado de São Paulo desde a aprovação da Lei nº. 13.707, publicada a 8 de janeiro de 2004 que instituiu o Dia da Consciência Negra. Seguindo o exemplo de São Paulo, outras cidades no país estão aprovando leis com o mesmo propósito. Tenho minhas dúvidas quanto a leis como essas terem efeitos realmente benéficos para a sociedade. Contudo, quero aproveitar o tema para questionar o porquê somos tão preconceituosos.

Se não é preconceito com negros, brancos, índios ou amarelos, manifesta-se a mesma doença com relação a rico ou pobre, ator, cantor, jornalista, médico, advogado, evangélico, católico, umbandista, estrangeiro etc. Os focos de preconceito se multiplicam arbitrariamente e inexplicavelmente.  O que nos leva a essa postura louca? Por que somos tão excludentes? O tema é vasto, as alternativas de respostas são múltiplas, mas quero apelar para uma resposta que encontro nas Sagradas Escrituras.

O que nos conduz a comportamentos preconceituosos é a falta de amor. Não falo aqui de fazer caridade, ser meloso no tratamento com as pessoas, fazer uma doação em projetos de iniciativa das redes de televisão... Refiro-me ao amor pregado por Jesus. Quando ele foi indagado sobre qual o maior mandamento,  seu resumo afirma que o mais importante é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Apesar da síntese e impacto da declaração de Jesus, mesmo um enorme universo de pessoas que se dizem cristãs, não assimilam o que o pregador da Galiléia queria dizer. Não advogo que consigo entender plenamente o significado de seu pensamento, contudo podemos tentar.
O amor que Cristo pregava e que justificou sua atitude de morrer no lugar do homem para salvá-lo, vai além das palavras. O amor que ele encarnou, credenciou-o a dizer aos seus seguidores mais íntimos: "Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei".

O amor anunciado e praticado por Cristo era concebido sob a forma da ação. Precisava ser exercitado em todo tempo, qualquer lugar e estendido a qualquer pessoa. João, o apóstolo do amor,  único discípulo que teve coragem e forças para acompanhar a crucificação até o último momento ao lado de Maria, mãe de Jesus, escreveu muitos anos mais tarde que é necessário amar não de palavras, nem de língua, mas por obras e em verdade.

Somente o amor com todo seu mistério, riqueza e força é capaz de nos curar das insanas atitudes preconceituosas. Se descobrirmos o amor, não teremos coragem de excluir ninguém por qualquer que seja o motivo. Pelo contrário, seremos cada vez mais inclusivos e aprenderemos a beleza que há na diversidade dos homens.

Benditas sejam as tempestades

Lendo o título acima você poderá dizer que surtei de vez. Mas, acredite, isso ainda não aconteceu. É justificável que num primeiro momento você pense que fiquei doido, pois quando falamos em tempestade o que vem à mente são casas destelhadas, árvores derrubadas, deslizamentos etc.

Quando falo que as tempestades sejam benditas, penso nas tempestades da nossa vida. A tempestade como fenômeno da natureza, faz uma coisa interessante nas plantas e na terra. Olhando para as árvores, por exemplo, o vento soprando forte faz com que muitos galhos mais frágeis e folhas secas sejam separados do tronco.

Se compararmos com o que acontece conosco, ao vivemos uma daquelas tempestades da vida que as nuvens parecem nunca sair de sobre as nossas cabeças, sem que percebamos no primeiro momento, acontece uma verdadeira "faxina" na nossa estrutura.
A força das águas batendo, o vento soprando  com violência, a sensação de exposição, solidão, etc, mexem demasiadamente com corpo, alma e espírito. Contudo, quando os primeiros feixes de luz começam a rasgar o negro véu da tempestade, percebemos que podem até ter ficado algumas cicatrizes, mas saímos do temporal muito mais leves. Muita sujeira caiu enquanto as águas batiam e o vento soprava.

Alguns galhos foram arrancados com força, mas assim como acontece com as árvores, você tornou-se capaz de dar mais flores e, claro, mais frutos. Você não vai pedir pra que a tempestade lhe alcance, mas quando ela chegar, esteja certo que no fim dela você estará mais forte e saudável podendo produzir muito mais do que antes.
Jesus, em um de seus discursos, falou sobre a importância de estar devidamente preparado para a tempestade. O segredo é ouvir e praticar os ensinos do evangelho anunciados por Ele.

 
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