JORNALISMO HIPÓCRITA VENDE ISENÇÃO E ENTREGA CONLUIO

Quem está assassinando a reputação do jornalismo no Brasil, são os falsos jornalistas que poluem as redações dizendo que são isentos, apartidários, neutros, imparciais, mas destilam veneno marxista em cada vírgula.

Ei, egressos de jornalismo que ainda se iludem achando que vão transformar o mundo com câmera na mão, saiam desta brisa. O professor que te apresenta qualquer rádio, jornal, revista ou TV como veículo de jornalismo isento é mentiroso, viu? Todo mundo tem lado. Todo mundo tem bandeira. A diferença é o grau de honestidade em admitir.

Ele te vende a vida sustentada por maconha como a mais linda do mundo, mas o que ele almeja é contrato de R$ 10 mil/mês com alguma prefeitura ou gabinete de vereador, deputado para não fazer nada, nem revisão de texto, quanto mais produção de conteúdo.

Ah! Vacinem-se contra o preconceito que semeiam em vocês acerca da atuação nas assessorias de imprensa. Comecei meu trabalho nesta área e sempre tentaram me olhar por cima. Tratava-se de meia dúzia de abestados que se achavam o máximo só porque atuavam no hard news. Como o mundo dá voltas, atualmente, advinha onde vejo muitas destas mesmas pessoas por aí?

No final das contas, com o encolhimento das redações, o que está absorvendo uma parcela bem pequena da mão de obra qualificada (que sabe ler e escrever) são as assessorias de prefeituras, gabinetes de deputados e vereadores, empresas e até de artistas.

Os motivos são óbvios. Com redações cada vez menores, quem fica precisa ser o motorista-fotógrafo-repórter. Sendo que tem de produzir o post do site, o spot do rádio, a nota coberta da TV e ainda guardar munição para o impresso do dia seguinte. Por quantos salários? Ora, bolas, o de um. E ainda tem de engolir os atrasos de pagamentos calado.
OS SABICHÕES EXPLORADORESPara complicar de vez a coisa, sempre tem um editor(a) que tem um demônio da preguiça e lamúria montado na cacunda. Ninguém na redação presta, somente ele/ela sabe escrever corretamente e entende de tudo. Quando entra na redação, traz uma nuvem negra de mau humor com o peito de pomba fingindo superioridade que suga a disposição e vontade de qualquer ser humano.

Quando delega os repórteres para cobertura de pautas, coloca perguntas vergonhosas na sua lista. Não se importa quanto de vexame o colega (que nunca respeita como tal) vai passar perante os outros profissionais ou perante o entrevistado.

A pergunta sem pé e sem cabeça não quer tirar uma informação relevante para o público consumidor da notícia, quer gerar um constrangimento, um factoide que possa dar alguma manchete que, na cabeça dele, é a que "vai vender".

OS SANGUESSUGASTem também as pautas cabeludas que apuram algum desvio de conduta por parte de empresário ou político. Para essas, podem até te mandar para uma cidade distante, sem que ninguém na redação saiba o que você está apurando. Depois que tem tudo em mão, você senta todo animado para editar a matéria e entrega todo pimpão. Contudo, o primeiro leitor do seu texto é o investigado. A conversa seguinte, para a qual você não será convidado, é: 'Paga quanto para não darmos publicidade?'.

A depender do grau de comprometimento da vítima e do quanto de dinheiro disponha, as garoupas pulam para a rede, mas não será para a sua. Advinha quem fica com a cara de tacho de descobrir a verdade, gastar tempo para entender documentos, editar o texto, ficar com o sabugo de milho seco?

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