Quem merece respeito?

Por: Emanuel Moura
Primavera de 2009
 
Aqui e ali sempre ouvimos alguém dizer: 'Você sabe com quem está falando?' ou, 'Você vai ter que aprender a me respeitar!'. Normalmente dizem isso quando sentem-se diminuídos em  importância e 'soberania'. É fala de gente ruim que acredita que todos lhe devem submissão. Não admitem entrar em qualquer ambiente e não serem cortejados como reis. Querem confetes, plumas e paetês em todo o tempo e por qualquer ação.

Amam a promoção pessoal. E da mesma forma que gostam de se promover, com intensidade inversamente proporcional, trabalham para diminuir a imagem de tantos quantos possa, valendo-se sempre das mais degradantes formas de ação.
Essas pessoas que tanto querem tornar os outros desprezíveis, por fim, passam a ser verdadeiras escórias da sociedade. Evidentemente, não tem humildade para reconhecer quando erram. Pelo contrário, eles nunca falham! Somente aqueles que as cercam não prestam, não executam bem as suas ordens 'soberanas'.

Não fossem trágicos e traumáticos os resultados funestos deste tipo de comportamento, seria caso de dar boas gargalhadas com o nível profundo de ignorância e miséria espiritual que demonstram estes indivíduos.
Jesus respondeu aos oponentes sobre a questão dos impostos: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.". (Mt.  22:21) O apóstolo Paulo escreveu: "Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra." (Rm. 13:7). Ora, tanto Jesus quanto Paulo deixaram claro que cada autoridade quer humana, quer espiritual, recebe aquilo que lhe é devido.
Se plantam respeito, não ceifarão vergonha. Se espalham sementes de esperança, fé e amor, não colherão descrença, incredulidade e ódio. Todos recebem exatamente "o que lhe é devido".
Se é assim, gente com a natureza marcada pela arrogância jamais terá o mesmo tratamento, a mesma projeção, aceitação, disposição de seus parceiros e subordinados que recebem aqueles que prezam pela mansidão, coerência das ações e das palavras. Não podem colher os mesmos frutos de quem zela pela prática da partilha, da comunhão e da humildade. 
Um adágio popular diz que o que é do homem o bicho não come. Pois bem, sendo assim, quem tem que ser respeitado, o é sem que seja necessário pressão, ameaça, coação ou qualquer outro método de 'ensinar a respeitar'. Respeito não se impõe, se conquista.
O lado cômico da história é que, invariavelmente, quem mais exige ser respeitado é gente que não gosta de pagar as contas em dia (é caloteiro por profissão), não respeita a mulher ou marido, mente com a mesma facilidade com que troca de roupa entre outras práticas duvidosas.
Ainda assim o indivíduo espera ser respeitado? Quer ser cortejado? Obedecido cegamente? Ora, façam-me o favor! Isso é pedir para esquecer que as pessoas tem cérebro e podem, no mínimo, raciocinar. É pouco provável que os indivíduos que povoam minha mente queiram ler este artigo e, caso o façam, dificilmente serão capazes de perceber que são as personagens retratadas.
Se Jesus, o Mestre da Vida, se pôs a lavar os pés dos discípulos, por que aqueles que dizem representá-lo não aprendem a servir como Ele? Minha esperança é a de que o leitor que se permite aprender e, com isso, crescer, possa liderar duas, três, 100 ou mil pessoas sem esquecer que devemos servir aos homens em nome de Deus e, não, fazer com que os homens o sirvam em nome do mesmo Deus.

1 comentários:

Rafael Tavares disse...

A humildade é uma virtude para poucos. A honra de ter esta qualidade não é para qualquer um. Esta palavra não distingue ricos ou pobres, independentemente da classe social quem a tem é um abençoado por Deus. O humilde é um ser que está em extinsão nos dias atuais.

 
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