Eles merecem mais

A relação entre pais e filhos pode ser muito mais rica e produtiva

A comemoração do dia dos pais remonta aos tempos da antiga Babilônia, no Oriente Médio, há 4 mil anos quando um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão que desejava sorte, saúde e vida longa a seu pai. Em tempos modernos, a data foi criada nos Estados Unidos em 1909. A comemoração foi oficializada pelo presidente americano Richard Nixon, em 1972.

A data varia em alguns países. Nos EUA, é comemorada no terceiro domingo de Junho. Em Portugal, dia 19 de março e nós, brasileiros, tentamos comemorar no segundo domingo de Agosto.
Tentamos? Fiquei doido? Não! Sejamos francos. O que fazemos para os nossos pais vivos é muito menos que fazemos para quem já morreu como Tiradentes, Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e outros finitos famosos.

A comemoração é tão pequena que o comércio parece ter mais êxito no dia dos Namorados do que no dia dos pais. Não estou aqui para defender uma bandeira consumista. Mas, infelizmente, o nosso comportamento nas lojas e shoppings revela muito do quanto valorizamos esta ou aquela ocasião.
As queixas mais comuns são: 'mas é tão difícil comprar coisa para homem', 'nunca encontro coisa para meu pai', 'meu pai não gosta de nada', ou a pior, 'meu pai não precisa de nada'.
Entretanto, quando falo de celebrar com um pouco mais de glamour esta data, estou falando da agenda que se altera para o almoço na casa do pai ou, porquê não, levá-lo ao restaurante, churrascaria, parque, praia, sítio, pescaria, jogo de futebol, cinema, teatro, igreja, enfim, tanto lugares para estar junto com o pai.
Há inúmeras alternativas para nós, filhos, melhorarmos esta relação. Darmos ao relacionamento com eles mais profundidade, aumentarmos a intimidade. Termos os pais como meros provedores da família é pouco. Eles não tem apenas a obrigação de garantir casa, comida, roupas e estudos. Isso faz parte do pacote, mas a importância dele não é restrita a isso.
Deixo aqui meu apelo para que revisemos nossos conceitos e valores sobre a figura dos nossos pais. Fácil? Tenho certeza que não. Mas, não é impossível.
Deixo também meu apelo aos pais. Muito deste distanciamento acontece por algumas posturas equivocadas no meio do caminho da paternidade. Vou dar um exemplo simples. Em toda minha vida, só conheço um pai que fez o maior mela-mela com o álbum de casamento da filha. Ele mostrou para Deus e o mundo o dia que entregou sua donzela para um cavaleiro que prometeu cuidar dela.
Isso precisa ser mais comum entre os outros pais. Nenhum pai vai perder sua masculinidade por 'babar' nos filhos. Imitem mais as mães. Não precisa vestir saia, mas usufrua mais do colo, do abraço, dos cafunés de seus filhos quer eles tenham 4 meses ou 40 anos de vida. Desejo a todos um feliz dia dos pais.

1 comentários:

Unknown disse...

Realmente, o texto é muito bonito.
Apesar de 15 anos separado de mim, tenho um vínculo muito grande com ele. Nos momentos difíceis de nossas vidas podemos sempre contar com ele, aliás ele é pai. É o nosso aliado, quer o nosso bem.

 
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