A incompetência faz a diferença

Ao contrário do que se possa pensar, não escrevi incompetência por equívoco. Não é erro, é proposital. Isso porque, os incompetentes de plantão estão presentes em todos os setores da nossa sociedade e, infelizmente, o alcance de suas ações vai além do que estamos acostumados a mensurar.
Sempre tentamos calcular a produção do competente. Contudo, não temos ferramentas de pesquisa para apurar o poder de atuação ou de não atuação do incompetente. Somos vítimas dos incompetentes que estão presentes desde a menor função numa escala hierárquica de uma metalúrgica até nos mais altos postos do poder Judiciário.

Os incompetentes não conseguem fazer muita coisa, mas conseguem fazer com que muita coisa deixe de acontecer. Graças a arrogância e prepotência que lhes é peculiar, os desprovidos de competência desenvolvem outras habilidades, em especial, a capacidade de eleger bodes expiatórios.
Por não conseguir atingir suas metas, o incompetente de plantão consegue armar um esquema no qual sempre existe um culpado, mas nunca o próprio incompetente.

O marido sem competência, por exemplo, não consegue gerenciar os recursos que deveriam manter as necessidades básicas da família e diz que a culpada disso é a sua mulher. As esposas, por sua vez, atribuem aos maridos a responsabilidade por todas as dificuldades financeiras ou de educação dos filhos.
Resultado: um casal de incompetentes consegue criar o ambiente propício para a destruição da família, empobrecimento moral e detrimento das habilidades cognitivas dos filhos e, em escala maior, este casal –que infelizmente temos às pencas– consegue manter a sociedade no atraso e com uma velocidade de crescimento cada vez mais lenta, devagar, quase parando.

A incompetência se reflete na igreja, em empresas de todos os tamanhos, no terceiro setor, em escolas, associações de classe. Se falar das gestões públicas, então, aí a coisa começa a cheirar mal.
Nem sempre o incompetente ganha este rótulo por ação intencional. Acredito, sinceramente, que muitas vezes, a incompetência é resultado de uma má gestão de recursos humanos por parte de gerentes, diretores ou coisa que o valha.

Em outras situações, a pessoa rotulada como incompetente está com esta marca no currículo, porque teve que abraçar a função apenas para pagar as contas. Ninguém é inútil por completo. O importante é estar no lugar certo, para fazer a coisa certa, com as qualificações necessárias para o que for designado.
Desta forma, é sempre de bom tom que façamos uma autocrítica para avaliar se estamos exercendo com excelência as funções que temos, procurar identificar como melhorar a qualificação pessoal e, se for o caso, ponderar as possibilidades de mudança.
Por sua vez, os gestores devem sempre considerar o que estão fazendo com seus colaboradores. Isso vai garantir saúde física e psíquica para quem manda e quem obedece.

O que realmente 'pesa na ideia' –como diz a moçada por aí–, é o incompetente que, além de nunca fazer uma avaliação de si mesmo, vive criando situações para responsabilizar aos outros. Ao menos nisso, são indivíduos que chegam ao superlativo de competentíssimos. Sabem, como ninguém, transferir culpa, criar intriga, fazer fofoca, inventar situações, dar falso testemunho, alimentar inveja, especializam-se em dar rasteira, derrubar alguém entre outras mazelas.
Aos competentes, resta a proteção divina e a consciência tranquila de que estamos lutando por nós, pelas nossas famílias e pela nossa nação.

1 comentários:

Unknown disse...

A paz do Senhor Emanuel.

Penso: um incopetente contumaz tem grande competencia em criticas injustas, maldosas e que destilam inveja.Haja visto que a própria palavra de Deus deixa-nos exemplo no Pentateuco. E digo mais: geralmente os rebeldes possuem esta caracteristica. São mestres em destabilizar: governos, hierarquias,etc.
Parabéns!
Ev. Nivaldo Ximenes

 
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